Abordagem da menstruação nas dissertações de educação sexual: algumas reflexões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Dayana Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236725
Resumo: Durante muitos séculos a menstruação foi considerada um líquido sagrado, foi a partir do século XIX, com o advento da medicina ocidental como conhecemos hoje, que a menstruação passou a ser vista como doença e tratada como algo que precisaria ser medicalizado. Entre os anos de 1920 e 1930, a Educação Sexual baseou suas ações em pautas higienistas focando na higienização dos corpos e a menstruação foi vista como algo sujo e impuro. A trajetória da Educação Sexual no Brasil tem passado, desde sua criação, por diversas mudanças, ora ganhando um contorno mais conservador, ora adquirindo um posicionamento libertário e emancipatório. Independente dos avanços e retrocessos é inegável que muitas ações na área da sexualidade, trata a menstruação como um fenômeno mais biológico do que social e político. Essa dissertação de mestrado tem como objetivo fomentar a reflexão sobre a temática da menstruação analisando a forma como essa temática foi abordada nas dissertações de mestrado do Programa de Pós Graduação em Educação Sexual (PPGEdSex) da UNESP entre os anos de 2015 e 2020. Utilizando como recurso para as análises a Análise de conteúdo, foram criadas categorias que facilitaram a compreensão dos materiais pesquisados. Com relação aos resultados, nós observamos que as dissertações defendidas entre 2015 e 2020 somam 91 dissertações e dessas, apenas 21 mencionam palavras relacionadas à menstruação. Isso representa 23% das dissertações defendidas nos últimos 5 anos.