Imunogenicidade de vacinas de DNA codificando peptídeos conservados e promíscuos do HIV-1,  em camundongos BALB/c

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Almeida, Rafael Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-27072011-174551/
Resumo: A pandemia de AIDS é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e demanda o desenvolvimento de uma vacina eficaz. Uma abordagem vacinal ideal, baseada em resposta celular contra o HIV-1, deveria induzir uma resposta imune mediada tanto por células T CD4+ quanto CD8+. A diversidade genética do HIV-1 é uma grande preocupação para o desenvolvimento de uma vacina e sequências consenso têm sido utilizadas a fim de contornar a barreira imposta por essa diversidade. A escolha apropriada dos antígenos a comporem as construções vacinas também é relevante, visto que proteínas como Gag e Vif têm se mostrado bastante imunogênicas, enquanto alguns trabalhos têm demonstrado que Env possui características imunossupressoras e que respostas celulares contra esse antígeno podem ser danosas aos indivíduos vacinados. Nosso grupo demonstrou que uma vacina de DNA (HIVBr18) codificando 18 peptídeos para linfócitos T CD4+, promíscuos (capazes de se ligarem a múltiplas moléculas HLA-DR) e conservados na sequência consenso do subtipo B do HIV-1 foi capaz de induzir uma resposta celular ampla, polifuncional e de longa duração em camundongos BALB/c e transgênicos para moléculas HLA. Neste trabalho identificamos 34 peptídeos potencialmente reconhecidos por linfócitos T CD4+, promíscuos e conservados na sequência consenso dos consensos do grupo M do HIV-1. Uma vacina de DNA (HIVBr27) codificando 27 dos 34 peptídeos (exceto os 7 peptídeos de Env identificados) induziu uma resposta mais ampla e de maior magnitude que a vacina HIVBr18 em camundongos BALB/c. Além disso, a vacina HIVBr27 induziu maior frequência de linfócitos T CD4+ e CD8+ polifuncionais, capazes de proliferar e produzir as citocinas IFN-gama e TNF-alfa. Desenvolvemos também uma vacina de DNA (HIVenv7) codificando os 7 peptídeos de Env do HIV-1 identificados. A co-imunização de HIVenv7+HIVBr27 reduziu a amplitude da resposta celular contra peptídeos codificados pela vacina HIVBr27. Além disso, a co-imunização reduziu a magnitude da resposta e a frequência de linfócitos T CD4+ e CD8+ polifuncionais contra o pool de 27 peptídeos codificados por essa vacina. A vacina HIVBr27, desenhada para induzir uma resposta de linfócitos T CD4+ ampla e intensa contra peptídeos promíscuos e conservados da sequência consenso dos consensos do grupo M do HIV-1, é mais imunogênica e mais completa que a vacina HIVBr18, tendo potencial de conferir, em grande cobertura populacional, imunidade contra os diversos subtipos circulantes do vírus. O fenômeno observado na co-imunização com HIVenv7 sugere que a inclusão do envelope em imunógenos contra o HIV-1 possa ser prejudicial. Por outro lado, isto faz desse plasmídeo um alvo promissor para terapias imunológicas que visem indução de imunossupressão