Existe vida após a morte?: ciclo evolutivo de APLs, um estudo multisetor do Grande ABC paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira Junior, Zacarias Gonçalves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-15102014-182455/
Resumo: Esta tese analisa dois arranjos produtivos locais na região do Grande ABC Paulista: Pólo de Cosméticos e o APL de Plástico, a partir da perspectiva dos ciclos de vida adaptativos complexos. O objetivo principal é o de conhecer suas dinâmicas evolutivas e analisar quais são os fatores que impactam cada uma das suas fases, principalmente aquelas que podem levá-lo a uma interrupção de atividade. Para tanto, são consideradas as trajetórias históricas destas duas unidades de análise, compostas pelos mais diversos atores: poder público, instituições sociais, instituições empresariais, educacionais e as micro, pequenas e médias empresas. Com base no modelo de ciclo de vida adaptativo complexo de Martin & Sunley (2011) e de fatores locais e globais em arranjos produtivos proposto por Elola et al. (2012), são analisados o período de doze anos do arranjo de cosméticos e dez anos do arranjo de plástico. São entrevistadas 5 lideranças que atuaram no passado e 5 lideranças que estão participando atualmente dos arranjos. Como instrumento e procedimento metodológico é adotado o protocolo de estudo de caso com técnica qualitativa de análise de conteúdo, utilizando-se o software Atlas TI. Além das variáveis dependentes e independentes são apontadas variáveis intervenientes por tratar-se de uma pesquisa ex-post-facto. Em ambos os casos o estudo confirma uma trajetória dinâmica não linear, a partir das fases: nascimento, crescimento, maturidade, morte, declínio e rejuvenescimento. Nota-se que a origem dos arranjos diferencia-se quanto à fase de formação inicial (nascimento), enquanto o arranjo de cosmético nasce de forma endógena o arranjo de plástico é fruto de um movimento induzido, fato que é analisado por ter seus desdobramentos ao longo da trajetória de ambos. Os fatores que levam os arranjos à fase de interrupção ou declínio no caso do Cosmético estão ligados à: relação política, transição de liderança, atuação isolada e empresas âncora. No caso do Plástico referem-se à: concepção de projeto, governança, transição de liderança e relação de confiança empresarial. Além disso este estudo aponta para o fato de que há necessidade de considerar a teoria sobre evolução dos ciclos de vida de APLs sob a perspectiva de um processo dinâmico com possibilidades de múltiplos caminhos que poderão ser experienciados pelo APL ao longo do seu ciclo de vida, evitando-se assim uma visão reducionista de um ciclo de vida linear com início, meio e fim.