Ciclo de vida e orquestração de clusters : um estudo longitudinal no cluster vitivinícola da Serra Gaúcha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fernandes, Bernardo Soares
Orientador(a): Carbonai, Davide
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197847
Resumo: O presente estudo tem o objetivo de analisar o processo de orquestração e a dinâmica ciclo de vida dos clusters. Para analisar as ações realizadas no cluster, foram definidas três dimensões de orquestração, sendo eles: (i) organização estratégica, (ii) existência de atores viáveis e (iii) gestão do conhecimento; estas dimensões de orquestração foram definidas através da compilação das dimensões indicadas por Dhanaraj, Parkhe (2006), Hurmelinna-Laukkanen, Möller e Nätti (2011), a investigação e análise das orquestrações foi composta também da consideração dos 11 fatores de competitividade de Zaccarelli (2000), que foram identificados principalmente nas orquestrações para a existência de atores viáveis. Para alcançar o objetivo proposto, optou-se por realizar um estudo longitudinal no Cluster Vitivinícola da Serra Gaúcha (CVSG), um dos mais importantes clusters do Brasil, que possui uma história produtiva vitivinícola com mais 100 anos e que já passou por diferentes estágios do ciclo de vida dos clusters. A pesquisa realizada foi de cunho qualitativo, compreendeu a análise de 23 entrevistas com Diretores, Gerentes e Técnicos de organizações representativas, instituições de suporte e vinícolas; a análise documental de 23 documentos; e a observação direta não participante de 30 colaboradores de vinícolas in loco e em feira de vinhos profissionais do setor. Os resultados também descrevem as ações realizadas relacionadas a cada dimensão de orquestração. Nas discussões desta dissertação, foram elaboradas proposições que apontam que: (i) o número de orquestrações não acompanha necessariamente a dinâmica do ciclo de vida dos clusters; (ii) quanto maior for o número de organizações representativas viáveis existentes no cluster, maior deverá ser o número de orquestrações; (iii) as orquestrações podem ter relação com o ciclo de vida dos clusters; e que (iv) o fator exógeno catalisador dos estágios de renovação está intimamente ligado com as orquestrações que devem ser realizadas nesse respectivo estágio. O estudo contribui teoricamente também para a literatura da vitivinicultura, acrescendo ao acervo teórico, a apresentação do fenômeno da emulação no Cluster Vitivinícola da Serra Gaúcha; e realiza contribuições gerenciais ao apontar que os atores dos clusters devem buscar que o cluster possua estruturas viáveis de organizações representativas a fim de garantir um melhor desenvolvimento das orquestrações.