Cartografar o cotidiano: gestos pelo manuseio de tensão.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Venturelli, Camila de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-08012020-163020/
Resumo: Essa pesquisa propõe uma cartografia do movimento pelo manuseio de tensão, traçada pelas relações que o corpo estabelece com o ambiente por meio de suas tensões musculares para a operação de processos de criação e composição coreográfica. Partimos do entendimento de que todo movimento que o corpo realiza é gesto e é realizado a partir do acionamento de tensões do corpo. Essa perspectiva implica relações entre gesto, memória e cotidiano, ancoradas em estudos das ciências cognitivas dos autores Francisco Varela, Evan Thompson, Tomas Rosch (1993), Alva Noë (2004), Berthoz (2000) e Damásio (2007; 2013), e se sustenta sobre o pressuposto de que corpo e ambiente estão em codependência, como nos indica a Teoria Corpomídia (Christine Greiner e Helena Katz, 2005). Compreendemos a experiência como produtora de conceitos durante a ação, em um entendimento que não distingue hierarquicamente a experiência de conceituação da experiência corpórea propriamente dita. Nesse sentido, propomos o fazer coreográfico como um fazer artesanal, em que fazer e pensar se dão na mesma escala temporal, a partir das reflexões de O artífice, de Richard Sennett (2015), relacionadas aos enunciados de Corpo sem vontade, de Helena Bastos (2017). Esta dissertação se apresenta, então, como uma pesquisa artístico-coreográfica e acadêmica que organiza conceitos da e pela experiência, por meio de procedimentos coreográficos, aprofundamento bibliográfico e relatos de experiência, os quais compõem o que propomos como Caderno de manuseio coreográfico. Esses procedimentos foram desenvolvidos no Laboratório de Manuseio Coreográfico, plataforma de pesquisa coreográfica proposta pela autora e que se desenvolve como residência artística continuada no Centro de Referência da Dança de São Paulo (CRDSP), junto ao LADCOR - Laboratório de Dramaturgia do Corpo.