Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Erêndira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-21072016-152452/
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Resumo: |
Esta dissertação foca na questão da variabilidade artefatual das cerâmicas Guarita da Amazonia central, complexo cerâmico pertencente à Tradição Polícroma da Amazônia, que se inicia por volta do ano 1000 e perdura até a conquista europeia, espalhando-se por toda a Amazônia central e a alta Amazônia. A partir de um recorte analítico sobre um determinado tipo de vasilha muito recorrente na cerâmica Guarita, o vaso com flange mesial, a pesquisa desenvolveu uma abordagem de análise que integra elementos tecnológicos e iconográficos, definindo os elementos distintivos e variações regionais do estilo polícromo. A partir desta variabilidade formal, das linguagens e temas iconográficos elencados, discutem-se os possíveis processos de transmissão e reprodução deste estilo. Partindo da interlocução entre conceitos da Arqueologia, da Antropologia da Arte e da Etnologia, pudemos entender estes componentes cerâmicos enquanto expressões materiais de um estilo introduzido e compartilhado entre distintas regiões na Amazônia, atuando na veiculação de mensagens imbricadas aos sistemas ontológicos ameríndios, centralizados na transformação corpórea. Desta forma, os artefatos foram analisados enquanto agentes em dinâmicas rituais de reatualização cosmológica, dentro de um amplo sistema cosmopolítico. A partir destas discussões pudemos ampliar o debate sobre a expansão do estilo polícromo entre as sociedades pré-coloniais da Amazônia, pensando quais eram as relações existentes entre estas linguagens estéticas pretéritas e as sociedades que produziram as cerâmicas Guarita. |