Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Caldas, Cezar Augusto Muniz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-05112010-103933/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O envolvimento vascular tem sido reconhecido como uma importante causa de morbidade e mortalidade na Doença de Behçet (DB), mas a importância de métodos não-invasivos em identificar lesões vasculares precoces ainda não foi bem estabelecida. OBJETIVO: Avaliar as propriedades estruturais e funcionais dos vasos na DB utilizando a medida da velocidade de onda de pulso (VOP) carótido-femoral e a avaliação de carótida pelo echo-tracking system. MÉTODOS: Pacientes com DB sem fatores de risco cardiovasculares tradicionais (hipertensão, diabetes, tabagismo e obesidade) foram selecionados consecutivamente. Todos os pacientes com DB realizaram aferição de VOP e ultrasom de carótida. Pacientes com DB foram divididos de acordo com a presença ou não de envolvimento sistêmico (vascular e/ou ocular e/ou sistema nervoso central) e vascular. Controles saudáveis, pareados para sexo e idade, com os mesmos critérios de exclusão foram selecionados. RESULTADOS: Os vinte e três pacientes com DB (11 homens, média de idade de 35,0±7,6 anos), tiveram níveis significativamente maiores de VOP, comparados ao grupo controle (8,4±1,1 vs. 7,5±1,4 m/s, p=0,017). A espessura íntima-média (594,8±138,6 vs. 561,0±134,2 m, p=0,371), o diâmetro diastólico (6383,7±960,4 vs. 6447,6±1159,7 m, p=0,840), a distensão (401,9±117,7 vs. 337,9±175,3 m, p=0,225) e a distensão relativa (6,2±2,8 vs. 5,4±2,4 m, p=0,293) da artéria carótida foram semelhantes entre os grupos. O grupo com doença sistêmica teve níveis significativamente maiores de VOP (8,7±1,2 vs. 7,8±0,7 m/s, p=0,036) comparado àqueles com manifestação exclusivamente mucocutânea. Pacientes com DB e acometimento vascular tiveram os parâmetros de VOP e echotracking similares aos pacientes sem acometimento vascular, mas apresentaram níveis maiores de colesterol total e LDL (p=0,019 e p=0,012, respectivamente). Uma análise de regressão linear multivariada identificou o nível de triglicerídeos como o mais importante fator associado ao aumento dos níveis de VOP (p=0,001) na DB. CONCLUSÕES: A VOP é mais útil do que o ultra-som de carótida para detectar dano vascular em pacientes com DB e enfatizamos o papel da própria doença em promover essas alterações. Os achados reforçam a necessidade de um controle rigoroso de todos os fatores de risco cardiovasculares na DB, particularmente lipoproteínas |