Taxonomia e filogenia molecular de Myxozoa parasitas de peixes de água doce oriundos de ambiente natural e de sistema de criação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Carriero, Mateus Maldonado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-11082011-142445/
Resumo: O filo Myxozoa possui uma grande diversidade, sendo conhecidas cerca de 2300 espécies, as quais infectam principalmente peixes, mas também anfíbios répteis e aves. Para este estudo, coletas dos peixes de água doce foram realizadas no Pantanal Mato-grossense (estados de Mato Grosso e do Matogrosso do sul) e no Rio Mogi Guaçu e piscicultura do CEPTA/ICMBio (estado de São Paulo), visando estudos moleculares e morfológicos de mixosporídeos parasitas de 6 espécies de peixes. Os resultados das análises moleculares (amplificação e sequenciamento do gene 18S rDNA) e morfológicas revelaram a ocorrência de 11 espécies de mixosporídeos, sendo cinco parasitas comuns a Pseudoplatystoma corruscans e Pseudplatystoma fasciatum, três parasitas de Salminus brasiliensis, uma espécie parasita de Brycon hilarii, uma de Zungaru jahu e outra de Piaractus mesopotamicus. Das onze espécies, cinco ainda não são descritas pela literatura. A análise filogenética, utilizando o método de Neighbor-Joining, mostrou que o agrupamento das espécies ocorre principalmente de acordo com a proximidade filogenética de seus hospedeiros e que todas as espécies da América do Sul agruparam em um clado monofilético. Foi observado, em alguns pontos da árvore filogenética, que o tropismo de tecido e/ou órgão de infecção caracteriza um importante fator de seleção evolutiva. Com menor frequência também foi observado alguns agrupamentos resultantes de parasitas cuja maior relação aparente era a sua localização geográfica, porém, novos estudos ainda são necessários para determinar o verdadeiro papel deste fator na evolução dos mixosporídeos.