Taxonomia, filogenia e interação parasita-hospedeiro na infecção de mixosporídeos em piapara(Leporinus obtusidens) e dourado (Salminus brasiliensis) oriundos do rio Mogi Guaçu, São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Moreira, Gabriel Sassarão Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-23052013-100154/
Resumo: Os organismos do filo Myxozoa são endoparasitas obrigatórios que infectam principalmente peixes em diversas regiões do mundo, estando entre os mais importantes patógenos de peixes, com mais de 2180 espécies descritas porém, pouco se conhece deste parasita em peixes do Brasil. Neste estudo foram realizadas coletas entre abril de 2011 a agosto de 2012, onde foram coletados oito exemplares de piapara (Leporinus obtusidens) e dezessete exemplares de dourado (Salminus brasiliensis), oriundos do rio Mogi-Guaçu, próximo a Cachoeira de Emas, localizada no município de Pirassununga, estado de São Paulo. As análises morfológicas (microscopia de luz, histologia e a análise ultraestrutural), técnicas de biologia molecular (PCR e sequenciamento) foram utilizadas na identificação de duas novas espécies de Henneguya e análise filogenética do gene 18S rDNA foi realizada para avaliar a relação filogenética desta duas novas espécies com outras espécies de mixosporídeos. Duas novas espécies foram encontradas neste estudo. Uma delas foi encontrada infectando a nadadeira de L. obtusidens e é descrita neste estudo como Henneguya sp. 1 e uma outra espécie encontrada infectando a membrana do arco da branquial e na membrana entre os raios da nadadeira de S. brasiliensis, a qual foi aqui descrita como Henneguya sp. 2. A análise histopatológica revelou que Henneguya sp. 1 ocasionou uma leve compressão no tecido adjacente. A análise ultra-estrutural permitiu a compreensão da interface parasita-hospedeiro e o processo de esporogênese das duas espécies descritas; além disso, foi observado a presença de vesículas esbranquiçadas para Henneguya sp. 2, com função ainda desconhecida. Nos estudos filogenéticos, utilizando os métodos máxima parcimônia e máxima verossimilhança para ambas as espécies, foi avaliado no estudo 1 que Henneguya sp. 1, parasita de peixe characiforme, aparece isolado dando origem a um clado irmão de Henneguya spp., parasitas de siluriformes, characifomes e esociformes; já no estudo 2, a análise filogenética da espécie Henneguya sp. 2, também parasita de peixe characiforme, foi observado a formação de um clado com 3 espécies parasitas de characiformes, sendo duas espécies de Henneguya descritas neste estudo e o Myxobolus oliveirai.