Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Bruno Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-02082023-115631/
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Resumo: |
Ao longo de sua obra, Descartes faz uma divisão entre, de um lado, ideia enquanto um modo de pensamento e, de outro, ideia dotada de realidade objetiva. Essa divisão aparece por mais de uma vez, porém, a mais explícita delas, do Prefácio ao leitor das Meditações sobre a filosofia primeira, é feita com a intenção de resolver um problema na filosofia de Descartes: como o sujeito limitado tem em si a ideia de um ser sumamente perfeito e infinito (Deus)? A partir desse problema, Descartes propõe a divisão da ideia em dois conceitos diferentes: de um lado, a palavra ideia é usada para referir-se à operação do intelecto, e nesse sentido ela não pode ser mais perfeita que o sujeito da qual é um modo; do outro lado, a palavra ideia também é usada para referir-se à coisa representada, e nesse sentido ela pode ser mais perfeita que o sujeito. Tendo isso em vista, o foco desta dissertação é analisar como essa divisão se sustenta ao longo de toda a obra de Descartes. Para isso, a análise estende-se em quatro pontos: primeiro, a análise da ideia como gênero, pois a ideia é um modo e/ou uma ação do pensamento; segundo, análise da realidade da ideia como modo do pensamento, isto é, da realidade formal da ideia; terceiro, análise da realidade objetiva da ideia e da possível independência entre a ideia dotada de realidade objetiva e ideia dotada de realidade formal; e, enfim, a análise da natureza da ideia, isto é, da função mais elementar e geral da ideia, que defendemos ser a função de percepção. |