Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Santos, Raimundo Nonato do Espirito Santo dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44133/tde-22122015-110414/
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Resumo: |
A pesquisa que originou o presente trabalho resultou num entendimento das questões relacionadas aos custos externos da garimpagem na Amazônia. A proposta de investigação do passivo ambiental em áreas garimpadas como base para um modelo de gestão ambiental procurou caracterizar os principais impactos ambientais decorrentes da atividade garimpeira na área de Cachoeira do Piriá, NE do estado do Pará, bem como suas conseqüências para o desenvolvimento econômico e social da região e para as condições de vida das populações envolvidas com o garimpo. A investigação do passivo ambiental na área de estudo mostrou que os impactos ambientais mais significativos ocorreram principalmente no meio físico. Assoreamentos e interrupções dos rios e igarapés, desmatamentos acentuados, contaminações por mercúrio em sedimentos de corrente e solo, mudanças na topografia, formações de lagos, cavas abandonadas e taludes instáveis representam uma imensurável agressão ao geoambiente local. Os efeitos degradativos trouxeram conseqüências danosas para os meios biológico e socioeconômico, haja vista a contaminação do mercúrio em peixes, no homem e em outros animais na área. A ocupação desordenada do garimpo gerou a caotização do sistema de saneamento da cidade, provocando a contaminação das águas subterrâneas pela presença de nitrato (N\'O IND. 3\'). A pesquisa também avaliou os conflitos fundiários e políticos verificados ao longo dos anos na região de Cachoeira do Piriá. Essas disputas foram consideradas como entraves para o desenvolvimento econômico da área. O diagnóstico do passivo ambiental e a análise dos conflitos locais possibilitaram a formulação de um modelo de gestão ambiental com abordagem ecossistêmica participativa e compartilhada. Esse modelo contempla a formulação de alternativas para a recuperação das áreas degradadas sob o ponto de vista socioeconômico e a caracterização do aqüífero local como instrumento essencial para a gestão das águas subterrâneas na cidade de Cachoeira do Piriá. O modelo proposto exige a participação e o compartilhamento dos órgão governamentais, dos segmentos sociais, da iniciativa privada e da comunidade local para mediar os conflitos e as tomadas de decisão, garantindo a sustentabilidade econômica da área, visando de forma mais ampla o desenvolvimento sustentável. |