Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Biscaia, Maria Carolina Vazzoler |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-28082013-094108/
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Resumo: |
Esta tese discorre sobre como a obra do escritor português Mário de Sá-Carneiro apresenta uma ligação com o mal, tomando como sustentação teórica as discussões propostas por George Bataille, Elizabeth Roudinesco e Martin Heidegger. A tese aponta como as personagens e os eu líricos optam pelo escapismo para outras realidades, para lugares míticos e para as múltiplas identidades, como forma de serem mais livres e de burlarem as regras morais que estão postas pela sociedade portuguesa da época. É por meio deste escapismo que se tem a possibilidade de criar uma vida envolta em mistério e repleta de momentos singulares. Com a ausência de uma moral que possa tolher o indivíduo de seus mais íntimos segredos é que a literatura de Sá-Carneiro envereda para a morte, o suicídio, o crime, o incesto, o homossexualismo e outros comportamentos que podem sugerir sua ligação com o mal. Com um universo deslocado do real, os textos têm como cena as noites parisienses, os refinados e sofisticados artistas e a crença de que a arte é sagrada e que, como tal, elege seus poucos representantes, e estes passam a ter seus caminhos ungidos por tal distinção. São as relações entre o escapismo, o mistério, a morte, as perversões e a arte que dão os subsídios para a inscrição da obra de Mário de Sá-Carneiro como um receptáculo daquilo a que chamamos de literatura do mal. |