Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Soares, Herbert Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-05022014-115157/
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Resumo: |
O bioma Amazônia possui uma vasta dimensão territorial e grande abundância e diversidade de espécies e habitats, contudo pouco se sabe sobre a epidemiologia das doenças que acometem os animais silvestres, em especial os que possuem carrapatos como vetores. O presente estudo teve por objetivo fazer o levantamento epidemiológico dos agentes transmitidos por carrapatos (Rickettsia, Ehrlichia, Anaplasma, Hepatozoon, Babesia, Coxiella e Borrelia) e tripanossomatídeos (Trypanosoma e Leishmania) em animais silvestres dos estados do Mato Grosso (MT) e Pará (PA), de fevereiro de 2009 a junho de 2012, incluindo-se mamíferos, aves e répteis. Foram coletadas amostras de tecidos e carrapatos de 181 animais silvestres, sendo 49 do Mato Grosso e 132 do Pará, e estas foram submetidas à extração de DNA, PCR e sequenciamento dos produtos amplificados. Todas as amostras de tecido foram negativas para Borrelia, Coxiella, Rickettsia e Trypanosomatidae. No Mato Grosso, das 49 amostras, 5 (10,2%) foram positivas para o gênero Hepatozoon, 5 (10,2%) para ordem Piroplasmida, 4 (8,2%) para Anaplasma e 1 (2,0%) para Ehrlichia. No Pará, das 132 amostras testadas, 2 (1,5%) foram positivas para Hepatozoon, 11 (8,3%) para Piroplasmida, 13 (9,8% para Anaplasma e 3 (2,3%) para Ehrlichia. Do total de 232 carrapatos do estado do Mato Grosso testados pela PCR, 139 (59,9%) foram positivos. Dentre os 117 carrapatos procedentes do Pará, 27 (23,1%) foram positivos. As amostras foram sequenciadas, sendo detectadas Rickettsia amblyommii, Rickettsia rhipicephali e Rickettsia monteiroi-like, nas espécies Amblyomma cajennense, Haemaphysalis juxtakochi e Amblyomma naponense, respectivamente, no Mato Grosso, R. amblyommii em Amblyomma longirostre e Amblyomma humerale, Rickettsia bellii em A. humerale e A. naponense, Rickettsia felis em A. humerale e Rickettsia c. f. africae em A. naponense. No presente trabalho foram detectados patógenos dos gêneros Rickettsia e Hepatozoon, membros da família Anaplasmataceae e da ordem Piroplasmida em espécies animais e regiões ainda não estudadas, revelando o enorme potencial para pesquisas aplicadas a animais silvestres da fauna Amazônica, cuja literatura ainda é bastante escassa em relação à ocorrência de patógenos, bem como a interação parasita hospedeiro. |