Detecção e caracterização de hemoprotozoários e ectoparasitas em Nasua nasua e Didelphis spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Maria Regina Lucas da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154139
Resumo: Animais silvestres são considerados reservatórios para uma infinidade de patógenos transmitidos por ectoparasitas, dentre os quais Hepatozoon spp. e piroplasmas; e os ectoparasitas atuam como vetores desses micro-organismos. O presente estudo teve por objetivo investigar a ocorrência de Hepatozoon spp., piroplasmas e ectoparasitas em Nasua nasua e Didelphis spp. da região peri-urbana e urbana dos municípios de Botucatu, Palmital e São Paulo, além de identificar os ectoparasitas e caracterizar morfologicamente e molecularmente os hemoparasitas encontrados. Foram coletados ectoparasitas e amostras de sangue de 69 Didelphis albiventris, 11 Didelphis aurita e 83 N. nasua. Também, foram coletadas amostras de baço e fígado de dois N. nasua e de 25 D. albiventris, para análise histológica. Os carrapatos foram identificados e dissecados para pesquisa de oocistos de Hepatozoon spp. e alguns exemplares tiveram seu DNA extraído para verificar a presença de hemoparasitas. Para identificação dos hemoparasitas foram realizados esfregaços sanguíneos, a PCR, clonagem, e posterior sequenciamento das amostras. Primeiramente, Hepatozoon procyonis foi identificado em N. nasua. Dois carrapatos Amblyomma ovale, coletados em N. nasua, também foram positivos para Hepatozoon spp. Um espécimen foi positivo para H. procyonis e o outro para Hepatozoon sp. próximo de um haplótipo de Hepatozoon americanum. Um piroplasma próximo de Babesia sp. capybara foi detectado em Amblyomma sculptum, também coletado em N. nasua. Foi detectado, pela primeira vez, infecção por Hepatozoon canis em espécimes de D. albiventris, que também foram positivos para quatro haplótipos diferentes de piroplasmas. Para finalizar, D. aurita mostrou-se infectado por Hepatozoon sp. próximo de Hepatozoon sp. detectado em um marsupial chileno (Dromiciops gliroides). Como conclusão, nós fornecemos dados sobre a epidemiologia de hemoparasitas em N. nasua e, redescrevemos H. procyonis baseado em características morfológicas, morfométricas e moleculares. Um haplótipo de H. americanum foi detectado, pela primeira vez, em A. ovale e pode representar risco de infecção por H. americanum em cães da região de Botucatu. Provavelmente, D. albiventris é um hospedeiro acidental para H. canis, mas, se infecta com piroplasmas que devem ser mais bem estudados para serem corretamente caracterizados.