Criação in vitro de Trichogramma galloi Zucchi, 1988 e T. pretiosum Riley, 1879 (Hym.: Trichogrammatidae): desenvolvimento de um ovo artificial e aprimoramento de dietas artificiais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Cônsoli, Fernando Luís
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191220-123312/
Resumo: Este trabalho teve por objetivo desenvolver um substrato artificial, que pudesse, além de acondicionar a dieta artificial, servir como substrato de postura e desenvolvimento de Trichogramma galloi Zucchi, 1988 e T. pretiosum Riley,1879. Paralelamente, buscou-se o aprimoramento de dietas artificiais previamente desenvolvidas para essas espécies. Para o desenvolvimento do ovo artificial foram realizados estudos básicos, como: 1) duração do desenvolvimento imaturo; 2)caracterização de sensilos das antenas e ovipositor de T. galloi e T. pretiosum, responsáveis pelo reconhecimento e aceitação do hospedeiro; 3) determinação de estrutura fina do córion dos diversos hospedeiros; 4) comportamento de parasitismo de T. pretiosum em vários hospedeiros e 5) seleção de polímeros plásticos para a confecção de ovos artificiais. Após a seleção do polímero plástico, avaliou-se o melhor tamanho do ovo artificial, bem como a densidade de fêmeas do parasitóide a ser utilizada por ovo artificial. Foram desenvolvidas 36 dietas, contendo como nutriente básico hemolinfa de lagartas ou holotecidos pupais derivados de quatro espécies de insetos, associados a diferentes proporções de gema de ovo, soro fetal bovino, meio de Grace, hidrolisado de lactoalbumina, solução de extrato de levedura e YeastolateR. Foram testadas várias formas de extração de holotecidos pupais, além da melhor idade de pupas para a sua obtenção. Também foi avaliada a aceitação e o desenvolvimento de diferentes linhagens de T. pretiosum em ovos artificiais. Os resultados indicaram que o estímulo físico, fornecido pela textura da superfície do polímero plástico, foi suficiente para a aceitação dos ovos artificiais por T. pretiosum e T. galloi. Membranas de polietileno de 7-8 e 9-10 &#956m; de espessura foram as mais adequadas para o desenvolvimento de ovos artificias. Ovos com 5 mm de diâmetro foram selecionados para a criação in vitro por propiciarem o maior parasitismo, além de permitirem o desenvolvimento do maior número de indivíduos devido à possibilidade de utilização de maior volume de dieta. A densidade de fêmeas do parasitóide por ovo artificial selecionada foi a de 6 fêmeas: ovo, devido à obtenção de 100% de parasitismo com o maior número de ovos do parasitóide por ovo artificial. T. galloi e T. pretiosum se desenvolveram até o estágio adulto em 11 das 36 dietas estudadas. As dietas que resultaram em melhor desenvolvimento dos parasitóides foram aquelas compostas por holotecidos pupais de D. saccharalis, contando com a adição de hidrolisado de lactoalbumina e de estrato de levedura. Os adultos criados nessas dietas artificiais apresentaram características biológicas (capacidade de parasitismo, longevidade), comportamentais e morfológicas (tamanho) comparáveis àquelas de insetos criados em ovos dos respectivos hospedeiros naturais ou alternativos. A idade da pupa do hospedeiro afetou a qualidade nutricional do meio, não ocorrendo o desenvolvimento do parasitóide em dietas formuladas com holotecidos de pupas em estágio de desenvolvimento próximo à emergência dos adultos. O parasitismo e a viabilidade do período pré-imaginal foi variável dependendo da linhagem de T. pretiosum analisada.