Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1994 |
Autor(a) principal: |
Consoli, Fernando Luis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220207-223113/
|
Resumo: |
Pesquisadores de países desenvolvidos buscam, atualmente, a criação de inimigos naturais em dietas artificiais para permitir a otimização de alguns programas de Controle Biológico, que, ainda hoje, apresentam algumas limitações. Assim, a criação "in vitro" de inimigos naturais permitiria a utilização de sistemas de criação menos dispendiosos, devido à eliminação de diversas etapas do processo convencional de criação, principalmente aquelas relacionadas a produção dos hospedeiros naturais ou alternativos. Essa pesquisa teve por objetivo desenvolver uma dieta artificial para a criação "in vitro" de Trichogramma galloi Zucchi, 1988 e T. pretiosum Riley, 1879. Para o desenvolvimento dessas dietas foram determinadas as proporções ideais de cada um dos seus componentes e a qualidade nutricional da hemolinfa e dos holotecidos pupais de diferentes espécies de insetos, como um dos principais componentes das dietas artificiais. Os resultados indicaram variações nas exigências nutricionais das duas espécies de parasitóides estudadas, originando dietas com diferentes proporções. A hemolinfa de Helicoverpa zea (Boddie, 1850) foi a mais adequada para a criação desses parasitóides "in vitro". Foi possível criar ambos os parasitóides em meio artificial até a fase adulta, sendo este, o primeiro relato de criação "in vitro" de T. galloi. Foi essencial a presença de gema-de-ovo e de concentrações de hemolinfa superiores a 40% para o completo desenvolvimento de T. galloi e T. pretiosum. A inclusão de homogeneizado de ovos de Heliothis virescens (Fabr., 1781) à dieta artificial de T. pretiosum aumentou a sua viabilidade larval e pupal e o número de pupas e adultos normais formados. Volumes de dieta artificial entre 3µl e 4µl foram adequados ao desenvolvimento e crescimento de T. galloi criado em dieta artificial, utilizando-se lâminas escavadas como substrato para o acondicionamento da dieta artificial. Os insetos criados "in vitro" apresentaram menor capacidade de parasitismo e menor longevidade em relação àqueles criados em ovos dos hospedeiros naturais e alternativo. Ocorreram deformações de asas e abdome de T. galloi e T. pretiosum criados em dietas artificiais, apesar desses insetos apresentarem aparelho reprodutor normal e tamanho semelhante ao dos insetos criados "in vivo". A preferência hospedeira de T. galloi criado em dieta artificial, foi semelhante à do inseto criado em ovos do hospedeiro natural. As análises de proteínas e de aminoácidos livres dos diversos componentes (ovos, hemolinfa e holotecidos pupais) de insetos, utilizados na confecção das dietas artificiais, indicaram diferenças nas frações protéicas e na quantidade de aminoácidos livres para cada um destes componentes. Essas diferenças foram responsáveis pelas variações nos valores biológicos de ambos os parasitóides, quando criados em diferentes dietas artificiais. |