Fatores associados a Transtornos Mentais Comuns e consumo de psicofármacos em Unidades Básicas de Saúde de Ribeirão Preto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Miguel, Tatiana Longo Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-08012015-141731/
Resumo: O objetivo geral deste estudo foi investigar os fatores associados a Transtornos Mentais Comuns (TMC) e ao consumo de psicofármacos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Ribeirão Preto. É um estudo epidemiológico, transversal e correlacional com plano amostral estratificado e proporcional (n=430). Cada estrato foi formado pela maior UBS em número de usuários, na área de abrangência de cada um dos cinco distritos de saúde da cidade. Foram instrumentos de pesquisa: questionários sociodemográfico, econômico, farmacoterapêutico e de histórico de saúde; Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), para estimar a prevalência de TMC e World Health Organization Quality of Life Assessment-Brief (WHOQOL-brief), para mensurar escores de qualidade de vida (QV) na amostra. TMC, uso de psicofármacos e QV foram considerados variáveis dependentes. Foram variáveis explicativas: sociodemográficas e econômicas, farmacoterapêuticas e histórico de saúde. Para a abordagem de TMC e uso de psicofármacos como variáveis dependentes, foram realizadas as análises: univariada (teste de Qui-quadrado) e regressão logística multivariada. Para a análise de QV, foram utilizados: t-teste de Student e regressão linear múltipla. Foram consideradas significativas as associações nas quais p<0,05. A prevalência de TMC foi de 41,4%, e a de consumo de psicofármacos foi de 25,8%. Os fatores preditores de TMC foram uso de psicofármacos (OR=3,88; IC95% 2,34-6,41) e sexo feminino (OR=1,96; IC95% 1,04- 3,69). Pelo teste Qui-quadrado, houve associação entre ser positivo para TMC e número de tipos de medicamentos e número de comprimidos por dia (p<0,05). Quanto ao uso de psicofármacos, os fatores preditores foram TMC (OR=3,9; IC95% 2,36-6,55), doenças clínicas (OR=5,4, IC95% 2,84-10,2) e baixa escolaridade (OR=1,7; IC95% 1,02-2,92). Segundo o t-teste de Student, pacientes com TMC apresentaram escores de QV menores que pacientes negativos para TMC, em todos os domínios (p<0,05). TMC foi o fator que mais contribuiu no modelo de regressão linear para piores escores de QV. O uso de psicofármacos influenciou negativamente os padrões de QV nos domínios físico e psicológico do WHOOQL- brief. Os resultados deste estudo apontam para a necessidade de estratégias em atenção básica à saúde (ABS) que busquem contemplar a integralidade dos indivíduos, visto a associação entre TMC, uso de psicofármacos e QV com variáveis sociodemográficas e econômicas. Os resultados com QV permitem a suposição de que quer estivessem em uso de psicofármacos ou não, os indivíduos apresentaram- se em sofrimento