Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Aline Regiane Coscrato de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-15052023-164215/
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Resumo: |
Este estudo identificou a prevalência e fatores associados ao uso de psicofármacos e aos sintomas de ansiedade e depressão em universitários. Trata-se de estudo de natureza quantitativa com delineamento transversal descritivo, desenvolvido em um Campus Universitário de uma universidade pública, no interior mineiro. A amostra foi constituída por 902 estudantes de diferentes áreas de conhecimento. Para coleta online de dados foi utilizado questionário sobre dados sociodemográficos, econômicos, histórico de saúde, vida acadêmica e uso de psicofármacos e a Mini Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional (MINI), para identificar sintomas de ansiedade e depressão. Para análise dos dados foi realizada regressão logística tendo como variáveis desfecho \"sintomas de depressão atual\", \"sintomas de ansiedade\" e \"uso de psicofármacos\". A hipótese de associação foi considerada significativa com valor p <0,05. Os resultados mostraram que a maioria dos estudantes era do sexo feminino, branca, heterossexual, solteira, sem filhos, morava com a família, sem renda individual, com dedicação exclusiva aos estudos e sem religião. A área de Humanas teve maior número de participantes, com enfoque na área de Ciências Sociais Aplicadas. Constatou-se que 23,3% dos estudantes utilizavam psicofármacos sendo o Antidepressivo o psicofármaco mais citado. Destaca-se que 13,3% dos participantes afirmaram utilizar psicofármacos sem prescrição médica. A classe de psicofármaco mais utilizada sem prescrição foi a dos Anticonvulsivantes, adquiridos na farmácia com finalidade majoritária de uso para a ansiedade/depressão/insônia. A prevalência de sintomas de depressão e ansiedade na amostra foi de 55,3% e 86,5%, respectivamente. Constatou-se maiores chances de sintomas depressivos em estudantes matriculados no primeiro ano dos cursos, que afirmaram que trocariam de curso, realizaram trancamento de matrícula, mencionaram dificuldades que interferem na vida e contexto acadêmico e dificuldades emocionais, em uso de psicofármacos, que afirmaram uso de ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes/estabilizadores de humor e de substâncias para modificar o humor, que informaram reações desagradáveis quando diminuíam ou cessavam o uso destas substâncias e que continuavam o uso da substância na presença de reações desagradáveis. Houve maiores chances de sintomas de ansiedade em alunos que ingressaram por vagas por cotas, dos cursos de Ciências Agrárias, Letras, Artes e Linguística, que estavam em cursos noturnos, em cursos que não correspondiam à primeira opção, que trocariam de curso, que referiram dificuldades que interferem no contexto acadêmico e dificuldades emocionais que interferem na vida acadêmica, usuários de psicofármacos, de antidepressivo, de substâncias para modificar o humor e que mencionaram reações desagradáveis na falta das referidas substâncias. Em relação aos psicofármacos, verificou-se maiores chances de uso de tais medicamentos em estudantes com filhos, que ingressaram por meio de vagas por cotas, dos cursos de Linguística, Letras e Artes e Ciências Agrárias, que realizaram trancamento de matrícula, que afirmaram dificuldades emocionais, referiram uso de substâncias para modificar o humor, apresentaram reações desagradáveis na falta da substância e continuaram o uso da substância na presença dessas reações. Os achados deste estudo oferecem maior compreensão do fenômeno estudado e fornecem subsídios importantes para intervenções mais efetivas, no contexto universitário, voltadas para promoção da saúde mental e prevenção de agravos nos estudantes. |