Uso de psicofármacos : uma abordagem de gênero : dados da pesquisa nacional sobre o acesso, utilização e promoção do uso racional de medicamentos – PNAUM 2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fontanella, Andréia Turmina
Orientador(a): Mengue, Sotero Serrate
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179737
Resumo: Apesar de amplamente prescritos, os psicofármacos são ainda controversos quanto a sua utilização. O uso em larga escala remete a outras dimensões do problema, que extrapolam à psiquiatria e permeiam as áreas da psicologia e das ciências sociais. Entender o uso destes medicamentos é entender as características da população que os utiliza. Assim, esta dissertação objetivou descrever a prevalência autorreferida de uso de psicofármacos pela população urbana brasileira, focando nas diferenças entre homens e mulheres. Para isso, foi avaliada a prevalência global, e estratificada por sexo, do uso de medicamentos psicotrópicos valendo-se dos dados da Pesquisa Nacional Sobre o Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (Pnaum). Os psicofármacos foram agrupados em 4 classes terapêuticas: antidepressivos; ansiolíticos; antipsicóticos e estabilizadores do humor. Foram calculadas as prevalências e razões de prevalência e seus intervalos de confiança de 95% [IC95%] e foram aplicados testes do qui-quadrado de Pearson para avaliação da significância estatística das diferenças entre os grupos, considerando o nível de significância de 5%. Entre os entrevistados, 8,0% declararam utilizar ao menos um psicofármaco. Esta prevalência sobe para 10,9% quando considerado apenas o sexo feminino, que chega a apresentar prevalência de uso 2 vezes maior do que os homens na faixa etária dos 35 aos 46 anos de idade. As prevalências de uso de psicofármacos para homens, mulheres e amostra sem distinção de sexo aumentam com o aumento da idade, número de doenças crônicas e número de medicamentos utilizados para o tratamento destas doenças. Os antidepressivos e ansiolíticos figuram como as classes terapêuticas mais utilizadas, sendo estas mesmas classes mais prevalentes entre as mulheres, em todas as faixas etárias, enquanto os antipsicóticos e 8 estabilizadores do humor foram mais prevalentes entre os indivíduos do sexo masculino. Os resultados indicam um maior uso destes medicamentos por parte das mulheres, e um padrão diferenciado entre elas e os homens no que se refere às classes terapêuticas. Buscando compreender estas diferenças, esta dissertação percorre aspectos relacionados às especificidades biológicas dos sexos e aos papéis sociais exercidos por homens e mulheres, incluindo suas implicações no modelo de saúde.