Análise comparativa das metodologias de contagem manual e automatizada de plaquetas em plaquetopenias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gonçalves, Thaiana Cirqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-11022020-170730/
Resumo: As plaquetas são fragmentos de células sanguíneas produzidas na medula óssea, os megacariócitos, células precursoras da linhagem mielóide. O principal papel das plaquetas no corpo humano é a formação de tampão hemostático como resposta à lesão vascular. A diminuição das plaquetas decorre de diferentes processos fisiopatológicos, podendo estar relacionada com falência medula óssea ou a destruição plaquetária periférica. O exame de escolha para identificação da plaquetopenia é o hemograma, geralmente por meio de analisadores hematológicos automatizados. Todavia, existem desvantagens no método de automação que não podem ser desconsideradas. Dentre elas, destacase o fato de não ser possível observar alterações que possam causar interferências nos resultados. A plaquetopeniageralmente leva a um desequilíbrio na fase inicial do sistema hemostático, podendo ocasionar quadros de hemorragia. Para se reverter este quadro, a terapia mais utilizada nestes pacientes é a transfusão de plaquetas. Entretanto as indicações do concentrado de plaquetas devem levar em consideração o uso racional dos hemocomponentes devido aos riscos inerentes ao ato transfusional e a difícil manutenção do estoque por causa do seu curto prazo de validade. Por este motivo a contagem de plaquetas para identificação de defeitos na hemostasia é essencial, sendo de suma importância obter resultados fidedignos. Objetivos: Avaliar a eficácia do uso do método de contagem manual de plaquetas considerando a correlação com a contagem automatizada, observando as discrepâncias nos resultados obtidos e possíveis consequências terapêuticas em pacientes plaquetopênicos atendidos no Instituto Hospital de Base de Brasília. Método: Foram analisados 227 exames de pacientes com contagens plaquetárias abaixo de 100.000/?L. As amostras foram submetidas simultaneamente a contagem manual e a contagem automatizada pelo aparelho CellDynRuby. Resultado: A análise estatística apontou concordância regular entre os dois métodos, evidenciando que existe uma variabilidade moderada quando se compara os dois métodos de contagem. Conclusão: A metodologia manual pode ser utilizada de forma complementar à contagem automatizada de plaquetas, sendo a análise morfológica fundamental nos casos de plaquetopenias, afim de identificar alterações que podem influenciar no resultado final e acrescentar informações úteis ao diagnóstico