Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fontes, Thayane Modesto
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Orientador(a): |
Hottz, Eugenio Damaceno
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Banca de defesa: |
Faria Neto, Hugo Caire de Castro
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Mietto, Bruno de Siqueira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14768
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Resumo: |
A malária é uma doença causada pelo parasita Plasmodium que é transmitido pelo mosquito Anopheles. Ainda que a maior parte do casos de malária no mundo sejam causados pelo P. falciparum, no Brasil a maioria das notificações se devem a infecções por P. vivax. A malária vivax foi por muito tempo negligenciada pois era considerada uma infecção benigna, porém têm sido relatadas formas graves e complicações da doença, incluindo diminuição abrupta na contagem de plaquetas. Uma das hipóteses para explicar a plaquetopenia é a apoptose plaquetária, que pode estar sendo induzida por estímulos liberados durante a infecção. Para compreender se fatores liberados durante a malária vivax estariam induzindo a apoptose plaquetária, plaquetas de doadores sadios foram incubadas com plasma de pacientes infectados por P. vivax. Foi observado que o plasma de pacientes induziu o fenótipo apoptótico nas plaquetas, evidenciado pela exposição de fosfatidilserina, despolarização da membrana mitocondrial interna e encolhimento celular. Já foi demonstrado que o heme e a hemozóina, duas toxinas liberadas após a lise de hemácias infectadas, induzem a apoptose em células do trofoblasto e em astrócitos. Contudo, a apoptose de plaquetas induzida por heme e hemozóina ainda não foi descrita. Para investigar isso, plaquetas de voluntários saudáveis foram incubadas com heme ou hemozoína sintética (sHz) e foi observado que tanto heme quanto a sHz induziram a apoptose plaquetária. Uma vez que o balanço antagônico entre proteínas pró e anti-apoptóticas regula a apoptose e que a degradação de BclxL em resposta ao heme foi recentemente evidenciada pelo nosso grupo, investigamos qual via de degradação de proteínas, proteassoma ou calpaínas, estaria envolvida nesse processo. Plaquetas de doadores sadios foram então prétratadas com o inibidor de protessoma, Bortezomib, ou com o quelante de cálcio, Bapta-AM previamente ao estímulo com heme e sHz. Observamos que o tratamento com Bortezomib ou Bapta-AM não foi capaz de impedir a apoptose plaquetária induzida por heme e sHz. Finalmente, a adição de hemopexina, um quelante de heme, reverteu o efeito apoptótico do plasma de pacientes com malária vivax sobre as plaquetas, sugerindo o envolvimento do heme na apoptose plaquetária. Nossos resultados indicam portanto que as toxinas heme e hemozoina, através da indução da apoptose plaquetária, podem estar contribuindo para a plaquetopenia observada na malária vivax. |