O discurso sobre as políticas educacionais: coesões e ramificações dos especialistas em educação (1990-2007)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ricardo Filho, Geraldo Sabino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11062010-143629/
Resumo: Este trabalho teve como objetivo analisar o discurso educacional dos especialistas em educação e as coesões e ramificações ocorridas no campo educacional entre os anos de 1990 e 2007, período em que se constatou novas estratégias de liderança, motivadas pela presença de agentes singulares e institucionais que atuavam ou passaram a se movimentar nos programas de pósgraduação no qual estavam vinculados, em entidades particulares que adquiriram o caráter de agências think tanks em razão de sua influência direta ou indireta nas políticas educacionais, especialmente para a educação básica, ou em e em assessorias em órgãos públicos como o INEP ou o IBGE. Ao mesmo tempo em que especialistas em educação com reconhecido prestígio na universidade procuravam exercer a censura acadêmica pautando-se pelo discurso de oposição às políticas advindas do Estado sobre educação. Foram utilizados como fontes de investigação, as revistas Educação & Sociedade e a revista Ensaio, bem como o exame dos currículos lattes dos colaboradores de ambos os períodos. O objeto em apreço foi construído mediante o esquadrinhamento das fontes citadas, depois sistematizadas em banco de dados e posterior análise por meio de tabelas e quadros, método esse que permitiu verificar as ramificações e coesões existentes. Foi constatado que o discurso sobre as políticas educacionais, sobretudo a educação básica está calcada em indicativos produzidos pelas avaliações em larga escala sob a égide do MEC/INEP, mas conta com o acréscimo de outras formas de auferição desenvolvidas por entidades como a Ação Educativa com o ENAF, projetos postos em prática de laboratórios ou grupos de pesquisas de algumas universidades que procuram produzir indicativos com medidas longitudinais dos alunos do ensino fundamental. A centralidade dos argumentos desses agentes subsidiar os sistemas de ensino na oferta de uma educação de qualidade para todos os alunos. Essas iniciativas, no entanto resultou num mercado de serviços demandado ou induzido pelo Estado, bem como as instituições think tanks que adquiriram a prerrogativa de certificar os serviços oferecidos, tais como alfabetização, EJA ou políticas afirmativas de outras entidades.