Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Baptista, Luciene Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-03052013-183118/
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Resumo: |
O fenômeno da economia solidária no Brasil tem se expandido como resposta ao desemprego e a exclusão social. É constituído por empreendimentos econômicos solidários cujo propósito é a geração de trabalho e renda para aqueles trabalhadores que, num dado momento, ficaram alijados do mercado formal de trabalho, como na situação de massas falidas de empresas privadas. Neste contexto a cooperativa é tida como a forma típica de empreendimento econômico solidário, alicerçada em pressupostos de igualdade de participação na gestão e na posse coletiva dos meios de produção aos seus associados, pela via de práticas de autogestão. Contudo a literatura da economia solidária admite que esta modalidade de gestão não se constitua na única forma de gestão presente no interior das cooperativas, ou seja, nestas ocorrem também práticas heterogestionárias oriundas da sociedade de mercado regida sob as bases do capitalismo. A coexistência destes padrões, a princípio, antagônicos de gestão implica em práticas paradoxais, que por sua vez, se refletem na qualidade de vida no trabalho dos cooperados. Deste modo, esta tese objetivou compreender como o paradoxo entre autogestão e heterogestão se reflete na qualidade de vida no trabalho percebida pelos cooperados de uma cooperativa oriunda de massa falida. Para tal, foi realizada uma pesquisa exploratória-interpretativista, por meio de um estudo de caso qualitativo na cooperativa Cotravic, utilizando como procedimentos metodológicos entrevistas espontâneas e semi-estruturadas, e observação de campo, tendo sido os dados tratado mediante análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram a existência do paradoxo autogestão e heterogestão principalmente nas práticas de gestão relativas à organização das instâncias de tomada de decisão, participação democrática e remuneração do trabalho realizado, revelando oscilações quanto à satisfação com a qualidade de vida no trabalho em função de padrões autogestionários e heterogestionários. O presente estudo defende a gestão do paradoxo numa concepção de complementaridade em que a ambiguidade entre autogestão e heterogestão seja reconhecida e sintetizada como uma alternativa de gestão em prol da eficiência produtiva da cooperativa e do bem-estar individual e coletivo de seus cooperados. |