Análise econômico-financeira setorial: estudo da relação entre liquidez e rentabilidade sob a ótica do modelo dinâmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Sato, Sonia Sanae
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18140/tde-05032008-110440/
Resumo: Este trabalho teve como propósito apresentar e analisar a relação entre liquidez e rentabilidade das empresas sob a ótica do modelo dinâmico. Para tanto, recorreu-se à revisão bibliográfica do modelo dinâmico que foi introduzido no Brasil pelo professor francês Michel Fleuriet que atuou na década de 70 na Fundação Dom Cabral. Este modelo que tem como objetivo analisar o investimento em capital de giro e sua administração, além de retomar o tema da liquidez permitiu avaliar a tomada de decisões das empresas, bem como revelar diretrizes para o futuro a partir da reclassificação do balanço patrimonial e isolamento de três variáveis chaves - a necessidade de capital de giro (NCG), o capital de giro (CDG) e o saldo de tesouraria (ST) - cuja combinação culminou na identificação de seis tipos de estruturas financeiras. Deste modo o modelo dinâmico, mudou o enfoque da análise tradicional voltada para o aspecto de solvência e descontinuidade dos negócios, para uma análise dinâmica voltada para a real situação de liquidez da empresa e integrada a sua dinâmica operacional. Assim, para fins de avaliação da liquidez, esta pesquisa optou pela utilização do modelo dinâmico e para a avaliação da rentabilidade foram utilizados os indicadores tradicionais de rentabilidade: margem líquida (ML), retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) e retorno sobre o ativo total (ROA). Para o desenvolvimento desta pesquisa foram utilizados dados secundários através de pesquisa bibliográfica e coleta dos demonstrativos contábeis consolidados de final de ano de 16 empresas do subsetor econômico tecidos, vestuário e calçados atuando no Brasil no período entre janeiro de 1997 a dezembro de 2006 e que tinham suas ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A partir da reclassificação desses demonstrativos e cálculo das variáveis chaves do modelo dinâmico foi possível constatar o predomínio do tipo 3 de estrutura financeira para a maioria das empresas analisadas, ou seja, aquele que indica o uso de empréstimos de curto prazo como complemento dos recursos de longo prazo no financiamento das necessidades de capital de giro. Com relação à análise da rentabilidade, verificou-se que metade das empresas analisadas não apresentou um bom desempenho, considerando a freqüência de indicadores negativos na média do período analisado. Por fim, os resultados obtidos demonstraram que o pressuposto teórico entre liquidez e rentabilidade não pode ser confirmado na prática da maioria das empresas analisadas, isto porque não foi possível observar uma relação direta entre a rentabilidade expressa pelos indicadores tradicionais propostos e a participação de capital de terceiros expressa pelo saldo de tesouraria negativo. Neste caso, a rentabilidade variou mais estritamente em função do desempenho em gerar vendas e administrar os custos e despesas do que do risco de maior ou menor liquidez assumido pelas empresas analisadas.