Entendendo a situação financeira e econômica do segmento sucroenergético: uma análise através do modelo dinâmico de Fleuriet em conjunto com indicadores chaves para o setor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Junqueira, Alexandre Diniz
Orientador(a): Maganini, Natalia Diniz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/32322
Resumo: O setor sucroenergético brasileiro possui posição de destaque na formação do produto interno bruto nacional sendo também protagonista no mercado global de açúcar e etanol. No entanto, particularidades como o longo ciclo produtivo da cana-de-açúcar, as necessidades de altos investimentos nos canaviais e na sua indústria, a ausência de um mercado de créditos mais ativo e acessível, a suscetibilidade a interferências governamentais e crises econômicas são alguns dos riscos que gestores e tomadores de decisões têm a superar. Para atender essas imposições se recorre a modelos de análises financeiras cujos resultados norteiam as decisões para a gestão do capital. Este trabalho teve por finalidade entender a situação financeira e econômica por dez safras de quatro players do segmento sucroenergético (Biosev, CMAA, São Martinho e Raizen) através do prisma do modelo dinâmico desenvolvido por Michel Fleuriet que utiliza, após reclassificações no balanço patrimonial, três variáveis: Necessidade de Capital de Giro (NCG) avaliando o quanto de saídas de caixa ocorrem antes das entradas, Capital de Giro (CDG) que é parte do capital que financia as atividades de curto prazo e o Saldo de Tesouraria (ST) que é tratado como uma “reserva” dos recursos financeiros. A combinação das variáveis resulta em seis tipos de balanços e traz dinamismo nas análises contrapondo-se aos modelos clássicos, caracterizados pela estática. A principal reclassificação do balanço se deu ao canavial, um dos principais ativos das usinas e que devido a necessidade constante de altos empenhos financeiros foi considerado um ativo cíclico, diferente do que é preconizado pelas normas contábeis que o trata como planta portadora do ativo imobilizado. Em razão da escassez de estudos dedicado ao setor sucroenergético se utilizando do modelo de Fleuriet, as combinações resultantes tiveram inferências a indicadores como EBITDA, toneladas de cana processada e dívida líquida visando responder se o modelo de Fleuriet teria capacidade de ser utilizado como instrumento de análise financeira para o setor sucroenergético. Os resultados se correlacionaram quando interpretados em conjunto com os indicadores econômico operacionais, mostrando que a aplicabilidade do modelo de Fleuriet pode ser estendida ao segmento sucroenergético. Entretanto a análise restritiva para uma única safra poderia levar a conclusões limitadoras, tendo em vista a característica da cultura semiperene da cana que oferece, em média, 5 cortes, além da sensibilidade da variação de saldos finais das contas na classificação do modelo de Fleuriet.