Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Maria Rita de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09112021-220936/
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa consistiu em uma compreensão histórica dos posicionamentos do saber escolar na Seção São Paulo da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), de 1949 até 1987. Com a criação dos primeiros cursos de formação de professores de Geografia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL-USP), fundaram a AGB, sendo uma instância aglutinadora de pessoas interessadas pelo conhecimento geográfico com caráter acadêmico. Em 1945, a entidade passou por uma reforma estatutária, com objetivo de irradiar a sua atuação pelo território brasileiro, quando criaram a Seção Regional São Paulo. Em 1949, essa seção lançou o Boletim Paulista de Geografia (BPG), no qual circulavam e se divulgavam os conhecimentos, as práticas e os valores da entidade. Na década de 1970, impulsionados por demandas do contexto político e social do país, ocorreram tensionamentos que levaram a mudanças epistemológicas e políticas que fizeram AGB romper com a sua estrutura estritamente acadêmica. Assim, passaram a emergir outras pautas, como o saber escolar, possibilitando o primeiro evento temático da associação, que ocorreu em 1987, conhecido como Fala Professor. O recorte temporal compreende o início do BPG, que foi a principal fonte desta pesquisa. Nele circularam e estão registradas as concepções geográficas e educacionais das diferentes diretorias da Seção paulista ao longo de vários anos. Já o ano de 1987 foi quando ocorreu o I Fala Professor, momento em que houve um reposicionamento do saber escolar na entidade. Utilizou-se como referencial Ivor Goodson (1990, 2001, 2018) no que concerne seus estudos de caráter sócio-histórico da disciplina escolar e Horácio Capel (1977, 1989, 1999) para compreender a história das associações científicas. Na trajetória da entidade, a princípio a sua preocupação com o saber escolar era colocá-lo em conformidade com os preceitos teórico-metodológicos da Geografia Moderna. Com as mudanças epistemológicas e políticas, a AGB se tornou um lugar de aglutinação de professores da rede básica, estudantes e acadêmicos para representar e realizar enfrentamento político em relação ao ensino de Geografia no país. |