Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Tragante, Cinthia Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-30012020-121938/
|
Resumo: |
A cidade de São Paulo passou por grandes transformações no início do século XX. Até meados do século XIX, era considerada pequena e com crescimento lento, conservando muito de sua feição colonial. A partir do final do XIX e principalmente no início do XX, passa a crescer de maneira bem mais expressiva, com aumento populacional e territorial, devido sobretudo à economia cafeeira, à intensa imigração e à industrialização. As mudanças foram perceptíveis nos diversos setores: economia, urbanização, cultura, artes e na sociedade de maneira geral, que parecia estar em êxtase por este crescimento acelerado. Nesse contexto, procurando equipará-la a outros grandes centros urbanos dos EUA e Europa, passa a surgir um discurso sobre a cidade que se pauta na exaltação de suas transformações como sinônimo de progresso e do paulista como conquistador de terras e riquezas, com o fortalecimento do mito bandeirista. No mesmo período ganham espaço as discussões sobre o modernismo nas artes, que entende esta cidade em ebulição como o espaço ideal para a celebração da modernidade e a exaltação da metrópole e seus signos, como a industrialização e a velocidade. Contribuindo para a criação da imagem de cidade efervescente, a Semana de 22 afirma a eleição de São Paulo como a centralidade do movimento. Contudo, a partir principalmente da década de 30, a cidade passa a apresentar de maneira mais evidente problemas decorrentes do crescimento acelerado e do seu ambiente social, tensionando a imagem que se buscava criar da cidade. Esta tese buscou compreender a construção do imaginário urbano da cidade de São Paulo a partir das representações da cidade presentes nos periódicos da época. Constituem as fontes primárias os periódicos técnicos nas áreas de Engenharia, Arquitetura e do Urbanismo e as revistas de Artes e Literatura, publicadas no período entre 1910 e 1930. Verifica-se como os projetos e escritos sobre a cidade de São Paulo nos campos da Literatura e dos estudos urbanos dialogam na construção desta imagem, seja ao celebrar os rumos da cidade, enfatizando sua modernização, seja ao criticar estes rumos, assinalando seus problemas urbanos. |