Abundâncias químicas de estrelas anãs G e K e modelos de evolução estelar para [Fe/H]=-1.8 e [Fe/H]=-1.0 com enriquecimento-alpha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carlos, Marília Gabriela Cardoso Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-21092020-070038/
Resumo: O estudo de composição química das estrelas é crucial para o entendimento tanto sobre estrutura estelar quanto sobre a história de formação da nossa galáxia. Levando em consideração que o elemento Li é um dos mais importantes traçadores astrofísicos sobre mecanismos de transporte e mistura dentro e abaixo da zona convectiva de estrelas do tipo tardio, concluímos um estudo abrangente sobre depleção de Li em 85 gêmeas solares do campo na vizinhança solar, e mais três gêmeas solares do aglomerado aberto M67. Encontramos uma forte correlação entre depleção de Li e idade estelar, em acordo com modelos não-padrão de evolução estelar. Observamos, também, que o Sol pode ser considerado pobre em Li em comparação a outras gêmeas solares de idades similares (por um fator de ~2sigma). Nossos resultados também sugerem que estrelas com os mais baixos conteúdos de Li, para uma dada idade, são acompanhadas de baixos níveis de elementos refratários. Analisamos 8 estrelas anãs K do halo da Galáxia para mais informações sobre a formação dessa componente galáctica, concluindo uma análise química detalhada dos elementos C, Li, Na, Mg, Al, Si, K, Ca, Sc, Ti, V, Cr, Mn, Co, Ni, Cu, Zn, Y, Ba, La, Ce, Nd, Sm e Eu, e também dos isótopos 24Mg, 25Mg e 26Mg. Para sete estrelas encontramos um bom acordo em comparação a resultados da literatura. Entretanto, a anã K LHS 173 apresenta composição anômala de [alpha/Fe] e das seguintes outras espécies: baixas quantidades de Mg, Ca e K, e altos valores de Al, Sc, Co, Ni e Zn, em comparação a outras estrelas do halo galáctico. Esse resultado sugere que a anã LHS 173 pode não ter nascido na nossa galáxia, mas na verdade foi incorporada de uma galáxia satélite. A razão 26Mg/Mg indica que o enriquecimento químico galáctico devido a estrelas AGB ocorreu para [Fe/H]=-1.4. Um novo modelo para reproduzir nossos dados sugere que a escala de tempo para a formação do halo deve ser menor do que 1.5 Gano. Finalmente, apresentamos novos modelos de evolução estelar com os respectivos yields para três casos distintos: [Fe/H]=-1.8 escalonado para o padrão solar, [Fe/H]=-1.8 com [alpha/Fe]=0.30, e [Fe/H]=-1.0 com [alpha/Fe]=0.30. Comparamos os resultados de estrutura dos modelos de evolução estelar, abundâncias superficiais finais e yields, para avaliarmos se há diferenças entre o caso escalonado para o padrão solar e o com enriquecimento-alpha. Encontramos uma diferença mínima entre os modelos de evolução estelar escalonado para o padrão solar e os modelos com enriquecimento-alpha para as espécies mais pesadas (Ga ao Bi), e uma diferença maior para os elementos leves (C ao Zn) para os modelos de maiores massas. Também, usamos os yields produzidos pelo nosso trabalho em modelos de evolução química da Galáxia. No geral, o elemento mais sensível aos yields com enriquecimento-alpha é o N, espécie produzida principalmente por estrelas AGB.