Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kassem, Michele Ruzon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-27112018-144442/
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Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo analisar os antecedentes da intenção de vozear de trabalhadores empregados formalmente em empresas privadas no Brasil no ano de 2014, adotando-se o conceito de voz como a provisão discricionária de informações direcionada a alguém de dentro da organização com autoridade percebida para agir, com o propósito de aperfeiçoar o funcionamento organizacional, mesmo que essas informações possam desafiar o status quo. A Teoria do Comportamento Planejado ofereceu o embasamento para a definição dos antecedentes da intenção de vozear como variáveis dependentes (comprometimento organizacional, abertura do líder e participação organizacional); a literatura internacional sobre voz conduziu à definição das variáveis independentes (de nível individual e organizacional); e a pesquisa Melhores Empresas Para Você Trabalhar disponibilizou os dados empíricos - analisados por meio de modelos de regressão hierárquica. Os resultados demostram altos índices dos antecedentes da intenção de vozear dos trabalhadores da amostra, indicando um recorte específico dentro do contexto de uma economia de mercado hierárquico: observam-se relações de emprego duradouras, adoção em grande extensão de mecanismos de voz por iniciativa das empresas e concentração de trabalhadores jovens, qualificados e com baixa diversidade (maioria homens que se auto declaram brancos). Nesta amostra, destaca-se a capacidade explicativa da posição de poder do trabalhador sobre os antecedentes da intenção de vozear e a relação negativa entre grau de instrução, tempo de empresa e cor do trabalhador (ser da mesma cor que a maioria na empresa) com a percepção de controle sobre voz medida por meio da percepção de participação organizacional. A adoção de mecanismos de voz não apresentou capacidade explicativa sobre a atitude dos trabalhadores da amostra, indicando para possíveis influências culturais sobre a voz; tampouco sobre normas subjetivas, apontando possíveis retóricas organizacionais sobre a voz. Mecanismos de voz formais e informais apresentaram relação positiva com a percepção de controle de voz dos trabalhadores da amostra, destacando-se os encontros periódicos com o corpo diretivo. Esses resultados permitem concluir que a voz dos trabalhadores no Brasil apresenta singularidades, corroborando a necessidade de contextualização dos estudos sobre voz. |