Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Daie, Fabio Salem |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-10042014-114554/
|
Resumo: |
O presente trabalho visa explorar a forma do romance na periferia do capitalismo no século XX e XXI, tendo como paradigmas dois de seus mais destacados escritores, Alejo Carpentier e Mia Couto. Para tanto, analisa-se aqui as obras Los Pasos Perdidos (Carpentier) e O Outro Pé da Sereia (Couto) à luz da teoria do realismo de György Lukács. O que se deseja demonstrar é: visto que o romance é a epopéia do mundo burguês, autores como Carpentier se valeram do período de desenvolvimentismo industrial no continente latino-americano inserido no crescimento mundial do capitalismo pós-Segunda Guerra (1945-1975) para lançar o conflito entre a afirmação definitiva da modernidade e seu universo pré-moderno: a isto muitos deram o nome de realismo maravilhoso. Por sua vez, em Moçambique, o histórico colonial e a independência tardia na época da crise estrutural do capital (a partir de 1975) determinaram uma frágil afirmação dos padrões sociais burgueses. Tal condição tem conseqüências na produção romanesca de autores como Mia Couto. Entre elas: o maravilhoso aparece como princípio formal, elidindo tensões necessárias ao romance e restringindo assim o alcance de sua ficção. |