Representação política negra no Brasil pós-Estado Novo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sotero, Edilza Correia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-03122015-134905/
Resumo: Este trabalho propõe uma análise de experiências políticas de lideranças do Partido Comunista do Brasil (PCB) e de ativistas ligados aos movimentos sociais negros, com o objetivo de compreender os processos relacionados ao surgimento de interpretações sobre raça e nacionalidade que foram operacionalizadas no campo da política pelos dois grupos, durante o período de abertura democrática seguinte ao final do Estado Novo, resultando em estratégias diferenciadas. De um lado, ativistas negros tenderam a enfatizar sua própria condição racial ao se apresentarem como representantes dos negros, esperando atrair o voto dessa parcela de eleitores, o que resultaria no surgimento do voto racial, enquanto fenômeno eleitoral no país. Por outro, comunistas se apoiaram no discurso voltado para o povo na construção de sua atuação político-partidária, sem, contudo, ignorar o debate sobre a situação da população negra na sociedade brasileira. A hipótese central para investigação das experiências de comunistas e ativista negros foi de que eles concorreram na cena política nacional com variações da noção que negro é povo no Brasil. As fontes utilizadas para realizar a pesquisa foram exclusivamente documentais: jornais, revistas, correspondências, registros elaborados ou arquivados por órgãos do Estado (a exemplo do Superior Tribunal Eleitoral e do Departamento de Ordem Política e Social), documentos de circulação interna e de divulgação tanto de partidos políticos quanto de organizações negras. O uso de variadas fontes podem contribuir para a revelação de como alguns acontecimentos foram reforçados e outros apagados do passado, assim como a forma que processos relacionados à composição e à percepção da história influenciam o presente.