Estudo das propriedades ópticas e térmicas de uma nanoemulsão de indocianina verde e suas aplicações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Jasinevicius, Gabriel Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76133/tde-23092022-102845/
Resumo: Terapias fotônicas acontecem a partir da iluminação de moléculas que são cromóforos, ocorrendo a excitação de seus elétrons. Esses elétrons no estado excitado são capazes de voltar ao estado fundamental por diferentes caminhos, podendo gerar espécies reativas de oxigênio e realizar a terapia fotodinâmica, gerar calor usada na terapia fototérmica e imageamento fotoacústico ou emitir fluorescência. A verde (ICG) é capaz de seguir esses diferentes caminhos e vem sendo usada em terapias fotônicas, muitas vezes, com a nanotecnologia para superar seus problemas de agregação e degradação em soluções aquosas. Neste trabalho foi estudada uma nanoemulsão de ICG (NanoICG) quanto a suas propriedades ópticas e térmicas e suas aplicações, comparando com sua forma monomérica livre e dimérica. Testes de HPLC mostraram que houve a dimerização da ICG (dICG), quando na nanoemulsão. Como não há estudos na literatura das características fototérmicas e poucos estudos das características ópticas da dICG, foram feitas análises comparativas entre a ICG, a NanoICG e a dICG extraída da nanoemulsão. Foi encontrado que a fluorescência da dICG possui uma intensidade de menos de 5% em relação a ICG. Além disso, o espectro de absorção mostrou que as moléculas da NanoICG estavam organizadas na forma de agregados-J e a degradação dessa banda de absorção de luz ocorreu com aproximadamente 8 vezes menos intensidade que para a ICG quando submetidas a 37°C em água destilada (H2O) por 24 horas. A NanoICG se mostrou tão eficiente quanto a ICG quanto a capacidade de produção de calor quando irradiada. Contudo, a NanoICG mostrou taxas reduzidas de fotodegradação, acentuada fotoestabilidade em relação à ICG e capacidade fototérmica superior em phantoms de albumina. Com o potencial fototérmico apresentado pela NanoICG, foram realizados testes de terapia fototérmica in vivo em modelo murino de melanoma cutâneo. Tanto a NanoICG quanto a ICG aplicadas de forma intratumoral na concentração de 156 µg/mL foram capazes eliminar os tumores após sua irradiação. Portanto, a NanoICG formada de dICG é mais estável em meios aquosos que a ICG e possui uma capacidade fototérmica similar à ICG, com fotoestabilidade superior. Além disso, a NanoICG ainda pode ser explorada em seu potencial de carregar outras moléculas em seu interior.