Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Dalmolin, Luciana Facco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-04092019-111823/
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Resumo: |
A associação da terapia fotodinâmica (TFD) e da imunoterapia foi a estratégia investigada neste trabalho para o tratamento tópico do melanoma. Para viabilizar a administração do fotossensibilizante lipofílico usado na TFD, a zinco ftalocianina (ZnF), na mesma formulação que o anticorpo monoclonal anti-fator de crescimento endotelial vascular, o bevacizumabe, foi desenvolvida uma nanoemulsão. A influência da nanoemulsão contendo os fármacos na cito e fototoxicidade de células de melanoma e na inibição da proliferação de células do endotélio foi verificada in vitro. A influência da iontoforese da nanoemulsão na permeação cutânea desses fármacos e distribuição nas células tumorais foi investigada in vitro, em pele de porco, e in vivo em melanoma induzido em camundongo. Neste último, a eficiência da TFD e da imunoterapia no crescimento tumoral e na metástase foi investigada após administração via intratumoral e tópica por iontoforese da nanoemulsão. A nanoemulsão O/A desenvolvida apresentou-se estável frente a aplicação da corrente elétrica, capacidade de solubilizar mais de 40 ?g/mL da ZnF e de diminuir a agregação da ZnF em meio biológico. Em células de melanoma B16F10, a ZnF mostrou maior potencial fototóxico quando incorporada na nanoemulsão do que quando em solução, apresentando IC50 de 192±6 ng/mL após irradiação, sendo que em associação ao bevacizumabe foi observada uma redução nesse valor para 56±7 ng/mL. Além disso, a nanoemulsão foi capaz de aumentar em 4 vezes o uptake celular da ZnF quando comparado à solução. O potencial anti-angiogênico do bevacizumabe incorporado na nanoemulsão, avaliado em células endoteliais CRL-2922, foi confirmado pela sua capacidade de inibir a migração celular de forma mais efetiva do que o fármaco em solução após 24 h de tratamento. In vitro, a nanoemulsão aumentou a penetração da ZnF na pele quando comparada a uma emulsão de composição idêntica. Na presença de apenas 30 min de iontoforese, a nanoemulsão aumentou em quase 16 vezes a penetração da ZnF nas camadas mais profundas da pele quando comparada a iontoforese da emulsão. In vivo, este período de aplicação permitiu que a ZnF alcançasse o melanoma induzido sob a pele de camundongos C57BL6. O tratamento desse tumor por via intratumoral e iontoforética com a nanoemulsão de ZnF e bevacizumabe seguido da TFD diminuiu em aproximadamente 8 vezes o crescimento tumoral em relação ao controle. A aplicação tópica com iontoforese se mostrou tão ou mais efetiva do que a administração intratumoral da nanoemulsão, uma vez que a inibição do crescimento tumoral foi observada após um período mais curto de tratamento quando a nanoemulsão foi administrada por iontoforese do que por via intratumoral. Os animais tratados por ambas as vias com a nanoemulsão de ZnF e bevacizumabe seguido da TFD não apresentaram metástases, diferentemente dos demais. A análise histológica dos tumores revelou a presença de células apoptóticas nos grupos tratados com a nanoemulsão contendo os fármacos, indicando que este foi um dos mecanismos responsáveis pelo efeito obtido. Desta forma, a iontoforese da nanoemulsão de ZnF e bevacizumabe seguido da TFD demonstrou ser uma estratégia promissora para o tratamento tópico do melanoma |