Considerações sobre a geologia da seqüência Turvo-Cajati, na região do alto Rio Jacupiranguinha, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Campagnoli, Fernando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-25092015-151830/
Resumo: A região do Alto Rio Jacupiranguinha situa-se no município de Cajati, no sul do Estado de São Paulo, e tem sido objeto de estudos regionais por vários autores. Seu posicionamento estratigráfico é ainda confuso, dada a carência de estudos de detalhe e de datações radiométricas. Este trabalho apresenta uma síntese bibliográfica dos trabalhos realizados na região, uma descrição das unidades observadas, estudos de petrografia que procuram definir as condições de temperatura e pressão durante o metamorfismo, uma análise da geologia estrutural, e datações radiométricas pelos métodos K/Ar e Rb/Sr. o metamorfismo na área evoluiu de grau fraco a grau médio-forte, com aumento de grau metamórfico de NW para SE, passando de xistos a clorita, biotita e muscovita até gnaisses bandados e migmatitos. Foram reconhecidos três eventos deformacionais na região, sendo a principal fase decorrente do Brasiliano, que imprimiu marcante foliação de direção aproximadamente EW, com mergulho para sul, e um arranjo imbricado de terrenos suspeitos, com unidades de graus metamórficos distintos, sobrepostos entre si. São observadas evidências de uma fase anterior e duas posteriores a esse evento. As duas fases posteriores foram responsáveis por dobras de crenulação por dobramentos suaves na foliação principal com falhamentos inversos e transcorrentes de baixo ângulo. A geocronologia indicou que se trata de uma seqüência de rochas em parte de idade transamazônica, retrabalhadas no Ciclo Brasiliano. As razões iniciais sugerem que essas rochas são produto de retrabalhamento crustal. Em relação ao posicionamento estratigráfico da Seqüência Turvo-Cajati, considera-se que se trata de rochas em parte do Proterozóico Inferior (Paleoproterozóico) e em parte do Proterozóico Superior (Neoproterozóico). As rochas do Proterozóico Inferior são as pertencentes à Associação Alto Jacupiranguinha, que constituem o embasamento do Grupo Açungui, podendo ainda estar relacionadas ao Domínio Curitiba, no Estado do Paraná. As rochas do Proterozóico Superior, pertencentes às Associações Cajati e Rochas Verdes, podem ser correlacionadas às do Grupos Açungui.