Análise estratigráfica da seqüência portadora de carvão na região de Cerquilho (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Perinotto, José Alexandre de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44132/tde-25092015-163337/
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo propor uma evolução paleogeográfica para o conjunto sedimentar portador de carvão na região de Cerquilho (SP), bem como a sua posição estratigráfica no âmbito do Grupo Tubarão. O desenvolvimento dos trabalho foi possível graças ao grande número de dados oriundos do Projeto Carvão de Cerquilho, realizado através de um convênio entre a Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Campus de Rio Claro e a Companhia Energética de São Paulo (CESP). A metodologia utilizada foi a descrição de testemunhos de sondagens rotativas, poços rasos (cacimbas) e seções de superfície. Algumas sondagens foram perfiladas, e dos perfis realizados, o de Raios Gama mostrou-se bastante útil nas correlações. Foram estabelecidas onze diferentes fácies para a região como um todo, distinguindo-se três áreas com conjuntos faciológicos próprios: Aliança-Taquaral, Mato Seco e Itapema. Através da análise faciológica e diversas correlações pôde ser estabelecido um quadro evolutivo da paleogegrafia da região que mostra para a área Aliança-Taquaral um lobo deltaico ativo com as fácies de prodelta, frente deltaica e planície deltaica, onde houve condições de formação de turfeiras; para a região de Mato Seco prevalecia uma sedimentação costeira com barras de barreira confinando lagunas interiores, também gerando acumulações carbonosas; em Itapema postula-se a existência de um provável embaiamento, lateral ao lobo de Aliança-Taquaral, onde o predomínio de processos de maré imprimiu a característica lenticularidade das camadas nesta área, onde não existe acumulação carbonosa como nas anteriores. Com o nível do mar ascendente, os depósitos mencionados são encobertos e parcialmente retrabalhados, gerando depósitos de praias e planícies de maré, e, finalmente, com o domínio do avanço transgressivo, imperam condições plataformais que afogam toda a seqüência. Do ponto de vista litoestratigráfico, com base não só nos dados obtidos, mas também em uma análise regional que vem sendo realizada por FULFARO et al. (em prep.), optou-se por designar o conjunto sedimentar estudado como Formação Tietê (no sentido de FULFARO et al., 1984). Esta unidade posiciona-se concordantemente entre o topo do Subgrupo Itararé e a base da Formação Tatuí, e é correlacionável à Formação Rio Bonito dos estados do sul.