A influência do porte empresarial no retorno das ações negociadas na Bovespa: proposição de um modelo quantitativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Garran, Felipe Turbuk
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-25032013-195143/
Resumo: Este estudo analisa a influência do porte empresarial no retorno das ações do mercado brasileiro, lidando com a sobreposição aparentemente existente entre porte da empresa e liquidez das ações e buscando elucidar qual variável é dominante na determinação de retornos acionários. Para tanto, utiliza-se uma análise de dados em painel como ferramenta econométrica para a obtenção de resultados significativos. Os modelos tradicionais de precificação de ativos, notadamente o CAPM, partem de algumas premissas que possuem pouca aderência à realidade dos mercados acionários. Há evidências de que, no Brasil, o CAPM tem sido ineficaz em explicar os retornos do mercado acionário. Por essa razão, algumas variáveis são comumente adicionadas ao modelo original, sendo que o porte empresarial se encontra no topo da lista. Contudo, a legitimidade do porte empresarial reduzido como fator de risco a ser remunerado ao acionista não é consensual em mercados mais maduros como o americano tampouco no mercado brasileiro. O estudo leva em conta um intervalo de tempo de 16 anos (de 1995 até 2011) e analisa a influência dessas variáveis no retorno das ações com diferentes defasagens de tempo entre as variáveis (de 1 a 5 anos). O trabalho conclui que há uma significativa influência do porte empresarial nos retornos das ações. A relação estatística é negativa, isto é, empresas de menor porte tendem a ter custo de capital próprio mais alto. Esse resultado está alinhado com a pesquisa internacional sobre o assunto. O modelo quantitativo sugere que a cada variação de uma unidade logarítmica no porte há uma variação de 4,03% no retorno esperado da ação. Em relação à liquidez não foi encontrada, de forma consistente, relação estatística de que essa variável afeta o retorno das ações quando controlada pelo porte empresarial no mercado brasileiro.