Letramentos (auto) críticos no ensino de língua inglesa no ensino médio: uma pesquisa autoetnográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mulik, Katia Bruginski
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-31012022-211124/
Resumo: Esta pesquisa de doutorado teve o propósito de identificar e analisar, por meio de uma pesquisa qualitativa autoetnográfica, as adequações, tensões, conflitos e políticas envolvidas em uma proposta de educação crítica no ensino de língua inglesa no contexto do Ensino Médio. A autoetnografia pode ser considerada como uma proposta investigativa que rompe com o paradigma positivista de fazer ciência, não apenas por seu caráter investigativo, mas também transformador, o qual se opõe à visão da etnografia tradicional. Os dados deste estudo emergiram da minha vivência docente no contexto citado. A autoetnografia, ao ser tomada como escolha metodológica, fez de minha sala de aula um espaço de constante observação. Como forma de viabilizar os dados recorri a instrumentos como a (auto) observações de aula e diários, autorrelatos, gravações de áudio e materiais didáticos. Recorri a essa abordagem metodológica por acreditar que, assim como Moita Lopes (2006) defende, como pesquisadores precisamos construir conhecimentos que sejam responsivos à vida social. Assim, busco estabelecer discussões dos dados apresentados recorrendo a teorias sobre ensino crítico e formação cidadã, mais especificamente, aos letramentos críticos, bem como os aportes teóricos vinculados a ele como a pós-modernidade, estudos pós-estruturalistas, novos letramentos e multimodalidade. A escolha desse arcabouço teórico relaciona-se com a minha formação acadêmica e explica sobre o impacto que esses conhecimentos têm tido na minha vida profissional, uma vez que as leituras que eu faço informam acerca das maneiras pelas quais vejo e interpreto o mundo. Esta tese se organiza em três capítulos. No Capítulo I apresento e analiso a proposta pedagógica Estadual do Paraná tecendo relações entre os pressupostos teórico-metodológicos apresentados e as teorias de letramento crítico. Narro também sobre como se deu meu início como professora, bem como algumas políticas que têm sido implementadas em meu contexto de ensino e como elas têm impactado em minhas práticas. No Capítulo II, discorro sobre as racionalidades presentes no cenário educacional, tecendo diálogos com o ensino de língua inglesa e como essas questões estão imbricadas nas relações entre os sujeitos e os contextos que ensinamos. Por fim, no Capítulo III, reflito sobre minhas práticas pedagógicas e as visões de língua e sujeito que elas imprimem na busca pelo desenvolvimento de uma educação crítica no ensino de língua inglesa no contexto do Ensino Médio. Reflito também sobre os desafios, as tensões e os enfrentamentos que emergem nessas propostas fazendo exercícios autocríticos sobre esse processo.