Tell me what it takes: um estudo sobre ensinar inglês com crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Martins, Thaís Blasio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-17052023-111606/
Resumo: O ensino de inglês para crianças está presente na Rede Municipal de Ensino de São Paulo desde 2012. Sua implantação dialogou com um movimento maior em que escolas de idiomas e de ensino bilíngue já vinham atendendo a este público. Contudo, a inserção do ensino de inglês nos anos iniciais do ensino fundamental foi marcada por certa ausência inicial de marcos reguladores e por inúmeros desafios para os docentes da Rede, que como eu, passaram repentinamente a atuar junto a este grupo de estudantes. Sendo assim, diante dos novos cenários instaurados para a prática docente dos professores de inglês da Rede Municipal de São Paulo após a implantação de 2012, este estudo pretende investigar que conhecimentos e práticas foram por mim mobilizados e/ou (des)(re)construídos durante minha trajetória como professora de inglês de crianças de maneira a me permitir uma atuação comprometida. Para fazê-lo, ancorome em referenciais teóricos sobre diversos aspectos dos saberes docentes com ênfase nas noções: de língua e linguagem, com contribuições da Linguística Aplicada Crítica e da Sociolinguística contemporânea (KUMARAVADIVELU, 2006b; PENNYCOOK, 2016; CANAGARAJAH, 2018a; 2018b, para citar alguns); das infâncias, seus sujeitos e suas culturas (SARMENTO; PINTO, 1997; ABRAMOWICZ; MORUZZI, 2010; OLIVEIRA; TEBET, 2010); do ensino-aprendizagem de línguas, com destaque para o ensino de línguas para crianças (ROCHA, 2006; 2007; MOON, 2001, CAMERON 2001; 2003) e da formação de professores (BRITZMAN, 1996; FREEMAN; JOHNSON, 1998; GOODWIN, 2010, WHITE et al, 2021; para citar alguns). No que se refere a metodologia, optei pela autoetnografia (ELLIS; ADAMS; BOCHNER, 2011; ADAMS; JONES; ELLIS, 2015), tendo-se em vista o desejo de estabelecer relações entre a experiência de me tornar professora de inglês de crianças e a literatura científica pertinente por meio do resgate de episódios pessoais advindos das experiências como professora e pesquisadora, observações de campo, produções dos estudantes e conversas informais com professoras parceiras. Concluo que o processo de se tornar professora de inglês para crianças possui um caráter processual e contingente, devendo-se levar em conta as biografias dos sujeitos, seus contextos e suas relações. Neste sentido, defendo, nesse estudo, a ideia de pensar uma formação de professores de inglês com crianças, cujos repertórios linguísticos e culturais, necessidades e desejos desses sujeitos da infância sejam considerados em uma relação pedagógica pautada pela dialogicidade e pela escuta atenta.