Restauração florestal e disponibilidade de habitat da Mata Atlântica: variação histórica e ganhos potenciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paciello, Vítor Zago de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-15122020-154759/
Resumo: A restauração florestal é um processo caro e os recursos são limitados para alcançar os compromissos globais de restauração. Para reduzir esses custos, projetos de restauração precisam focar em áreas com maior probabilidade de sucesso e que aumentem os benefícios para a biodiversidade. Uma das formas de atingir maiores taxas de sucesso é por meio do aumento da conectividade funcional e disponibilidade de habitat, promovendo maior fluxo de organismos e propágulos para a área em restauração. Neste trabalho, avaliamos as mudanças na disponibilidade de habitat promovida pelas florestas restauradas na Mata Atlântica nas últimas décadas e a comparamos com os benefícios promovidos por diferentes cenários de restauração. Nossos resultados mostram que as áreas restauradas nas últimas décadas proporcionaram um aumento médio de 6% na disponibilidade de habitat em comparação com um cenário em que não houvesse nenhuma restauração, mas esse aumento foi em média 4% menor do que uma restauração espacialmente planejada na paisagem poderia alcançar. A diferença entre um cenário espacialmente planejado e o real foi maior nas paisagens com menor cobertura florestal e para as espécies com menor capacidade de dispersão, mostrando os maiores benefícios que uma seleção espacialmente planejada de áreas para restauração podem promover para a conservação de espécies em paisagens fragmentadas.