Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Zanetti, Leandra da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-23042018-105046/
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Resumo: |
A asma é uma doença inflamatória crônica com alta prevalência e caracterizada por hiperresponsividade da via aérea, inflamação, e remodelamento brônquico, e é responsável por considerável morbimortalidade em todo mundo. Os tratamentos disponíveis para a asma podem apresentar diferentes respostas e vários efeitos colaterais. Por isso, o desenvolvimento de novas drogas para o tratamento da asma é muito importante. A Uncaria guianensis (Aubl.) J. F. Gmel. (\"unha de gato\", Rubiaceae) (UG), é uma planta encontrada principalmente na Amazônia e na América Central, e apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante. Até o momento, não há relato de estudos da U. guianensis no tratamento da asma. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da administração de dois extratos das folhas da U. guianensis no tratamento da asma em um modelo animal, e os mecanismos envolvidos. Camundongons Balb/c foram sensibilizados duas vezes com ovalbumina (OVA) por via interperitoneal (ip) com uma semana de intervalo entre as sensibilizações, após uma semana, os camundongos foram desafiados com OVA via intranasal por três dias consecutivos e tratados com os extratos aquoso ou hidroetanólico da U. guianensis (100 mg/kg) via intraperitoneal por três dias consecutivos, durante os desafios com OVA. Os camundongos controles receberam solução salina nos mesmos dias. Após a sensibilização e desafios, os animais foram ventilados e medidas in vivo da hiper-responsividade brônquica foram realizadas com a administração de aerossois com concentrações crescentes de metacolina. Após, o lavado broncoalveolar (LBA) foi coletado para contagem de células totais e diferenciais. Sangue foi colhido para dosagem de IgE específica para OVA e os pulmões foram retirados para quantificação de citocinas inflamatórias no homogenato, além de determinação da capacidade antioxidante total e análise histológica. A administração do extrato hidroetanólico diminuiu significativamente o número de células totais e diferenciais no LBA e a hiper-responsividade brônquica, quando comparados ao grupo que não recebeu o tratamento. O extrato aquoso não foi capaz de diminuir a contagem de células totais e diferenciais e mostrou uma pequena diminuição na hiper-reatividade brônquica. Tanto o extrato aquoso quanto o hidroetanólico diminuíram as concentrações de interleucina (IL)-13 no homogenato pulmonar, mas não foram capazes de diminuir os níveis de IgE no soro, o número de células inflamatórias no tecido pulmonar, nem foram capazes de aumentar a capacidade antioxidante total. Com isso, concluímos que a administração dos dois extratos (aquoso e hidroetanólico) das folhas da espécie U. guianensis foi efetiva no tratamento da asma em um modelo animal, tanto em termos de mecânica pulmonar quanto em marcadores inflamatórios, com superioridade terapêutica do extrato hidroetanólico. |