Roger Martin Du Gard no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Barbosa, Nilda Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-02052023-170520/
Resumo: Nesta pesquisa, propomos-nos a analisar a recepção de Roger Martin du Gard no Brasil, tomando para tanto duas de suas obras: Jean Barois e Les Thibault. A teoria de Hans Robert Jauss (1978) nos possibilitou compreender os elementos determinantes da recepção desse romancista pela crítica brasileira; porém, para chegarmos à compreensão desta, tivemos de pesquisar primeiro a recepção francesa. A leitura francesa de Jean Barois, publicado na França, em 1913, provocou polêmica em torno de temas como o Affaire Dreyfus e o confronto entre a religião e a ciência. No Brasil, esses mesmos temas serviram como ponto de partida para que nossos críticos, no início da década de quarenta, buscassem uma explicação para a situação política da França, invadida pelos alemães e, conseqüentemente, entendessem o momento histórico pelo qual passava o mundo. Les Thibault, publicados de 1922 a 1940, apresentam duas características distintas em sua estrutura: a primeira é centrada na individualidade das personagens; a segunda focaliza a História da Primeira Guerra Mundial. Na França, essas duas características do romance influenciaram consideravelmente a recepção do romancista, porque a publicação da última parte da obra coincidiu com a chegada da Segunda Guerra. No Brasil, esses dois aspectos também foram os motivos da leitura do romance, sendo recebidos simultaneamente, porque a tradução, em 1943, propiciou a leitura de uma só vez todos os volumes da obra, enquanto na França, a leitura foi realizada à medida que as partes do romance iam sendo publicadas