Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Bedê, Ana Luiza Reis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-06112007-101712/
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Resumo: |
Em 10 de março de 1762, o protestante Jean Calas, suposto assassino de seu filho, sofre o suplício da roda após um julgamento espúrio do Parlamento de Toulouse. Voltaire assume as rédeas do caso. Para ele tratava-se de um crime motivado pelo fanatismo religioso, algo impensável em pleno século das Luzes. Por meio do estudo de um conjunto de cartas redigidas em defesa da reabilitação de Jean Calas, interessa discutir como Voltaire conduziu a \"guerra\" pelo advento da Razão. Descobre-se, à medida que se avança, desde as manobras nos bastidores à eloqüência do advogado em suas denúncias, o que ele denominou de \"crime contra o gênero humano\". Pretende-se mostrar, igualmente, as astúcias do texto voltairiano para atrair leitores de diferentes esferas sociais. Nesta tese, trata-se de questionar como o Autor prepara o terreno para a divulgação de seu livro Traité sur la tolérance (1763), arma decisiva contra os autodenominados seguidores de Cristo. Nessa obra compósita, analisam-se as variadas formas discursivas utilizadas por Voltaire para convencer o leitor de que os dogmas e as superstições não passam de criações humanas. Perguntamo-nos quais características, no conjunto desses textos, o autor privilegia a fim de conferir brilho à batalha contra o obscurantismo, além de nos debruçarmos sobre as fontes nas quais Voltaire se inspirou para sua argumentação. Percebe-se como a preocupação de instruir os cidadãos ia de par com a vontade de proporcionar prazer, peça-chave da estética desse poeta-filósofo que, para dizer com Roland Barthes, dava ao combate pela Razão \"o aspecto de uma festa\". |