Tradução e sincretismo nas obras de José de Anchieta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Alves Filho, Paulo Edson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-06112007-112448/
Resumo: As traduções de textos religiosos e as obras de José de Anchieta (1534-1597) em tupi, destinadas à catequese, apresentavam um alto grau de inculturação e tendiam a mesclar termos católicos e indígenas. Basicamente, seus propósitos eram o de introduzir e difundir os preceitos do Cristianismo na cultura dos nativos do Brasil colonial. O objetivo deste estudo é demonstrar que Anchieta usou em suas traduções termos da cosmologia indígena para ilustrar conceitos cristãos sem, contudo, levar em conta seus verdadeiros significados originais. Para isso, inicialmente, analisaremos o cenário da colonização na América espanhola e portuguesa e as ações missionárias lideradas pela Companhia de Jesus. Também serão analisadas as características da língua tupi e, a seguir, compararemos o trabalho de Anchieta com outras traduções jesuíticas ao redor do mundo no mesmo período. Para que possamos discorrer sobre as estratégias usadas por Anchieta, recorreremos à perspectiva das teorias de Eugene Nida (em especial o conceito de equivalência dinâmica), de Lawrence Venuti e de Maria Tymoczko. Tais autores nos fornecem parâmetros para classificar as escolhas tradutológicas feitas pelo missionário. Por fim, serão discutidos detalhadamente trechos dos escritos de Anchieta nos quais ele traduziu para o tupi importantes conceitos cristãos.