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Explorando a imagem corporal de crianças com deficiência física congênita: limites, traços e riscos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Diego Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-15092017-110337/
Resumo: A deficiência é compreendida como uma articulação entre os aspectos orgânicos, ambientais e pessoais. O resultado final do cruzamento destes fatores engendra o quadro final observado. No entanto, pouco se produziu sobre esta incidência dos fatores pessoais. A literatura propõe que crianças com deficiência física apresentam prejuízos na imagem corporal, associando alterações orgânicas com dificuldades do eu. Entretanto, estabelecem associações diretas e não indicam de que modo este eu prejudicado poderia compor o quadro da deficiência. Desta forma, a presente pesquisa tem como objetivo explorar a imagem corporal no processo de constituição subjetiva de crianças com deficiência física congênita. Neste recorte, buscou-se investigar como o corpo incide sobre o sujeito e quais os efeitos da incidência do sujeito sobre o corpo. Para tal, é realizada uma revisão da literatura e a coleta de casos cínicos utilizando a Avaliação Psicanalítica aos 3 Anos (AP3) e o Desenho da Figura Humana (DFH) em duas crianças com deficiência física e seus pais, seguindo o método clínico-qualitativo. Foi observado que nestes casos existem riscos de prejuízos da imagem corporal por conta de especificidades do quadro orgânico, como o excesso de intervenções e manipulações; manifestações do corpo, como movimentos involuntários, que rompem o simbólico e o imaginário e o uso de próteses/órteses. Estes dados orgânicos foram atrelados às significações e identificações que se oferecem ao eu, somadas as já presentes na rede significante na qual a \"deficiência\" está inserida. Desta forma, verificou-se que tais identificações podem levar a danos secundários à deficiência, compondo seu quadro final. Os prejuízos na imagem corporal foram atrelados às demais manifestações do inconsciente, indicando no processo de constituição subjetiva e no exercício das funções parentais as bases da imagem corporal e das organizações pessoais que irão tomar o corpo e a deficiência. Frente aos dados, foram feitas considerações às áreas afins que podem se beneficiar do trabalho em equipe com o psicanalista e psicólogo. Concluindo, a pesquisa aponta para a noção de risco, seja de prejuízos da imagem corporal quanto de constituição do sujeito, levantando questões como o desenvolvimento de uma clínica preventiva e o estudo das reações frente à deficiência, o que se estende as diferentes deficiências dada a marca significante que carregam