A extensão rural e o pequeno produtor no estado do maranhão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1978
Autor(a) principal: Graça, Irlene Menezes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11145/tde-20220207-224300/
Resumo: Neste trabalho procedeu-se uma análise sociológica da Extensão Rural como processo e instrumento de intervenção junto ao pequeno produtor no Estado do Maranhão. Sob essa perspectiva, buscou-se apreender as orientações político-ideológicas que informam esse processo no desempenho dos propósitos de transferência de tecnologia agropecuária e promoção social dessa categoria específica. A pesquisa realizou-se pois, em dois planos empíricos - da instituição extensionista e do público-beneficiário, mediante o acompanhamento do Projeto Promoção de Produtores de Baixa Renda INAN/EMBRATER, em execução pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Maranhão (EMATER-MA). Procedeu-se assim a uma análise ao nível das formulações contidas no documento do referido Projeto e ao nível da interpretação e execução dos agentes técnicos, complementada num segundo momento, pela concepção do público atingido, expressa em depoimentos pessoais. A formulação do trabalho foi orientada segundo o pressuposto de que a ação extensionista possui além dos propósitos intervencionistas claramente dirigidos para fins de transferência de tecnologia, outros objetivos mais amplos, mediante interferência nos mecanismos de controle social. Conclui-se que os objetivos de natureza humanista de promoção social do agricultor de baixa renda", envolvem interesses contraditórios, diante dos quais a Extensão Rural como processo de intervenção junto a esse público, assume um caráter ambíguo: os propósitos humanistas estão mais orientados pelos interesses políticos e econômicos do sistema urbano-industrial do que pelo bem-estar do público-beneficiário. Concluiu-se também, que os mecanismos de intervenção postos em prática pela instituição extensionista mostram-se ineficazes para superar o sistema de controle que envolve os diferentes grupos sociais, uma vez que as ações desencadeadas permanecem ao nível dos processos psico-sociais dos indivíduos envolvidos e não penetram na cadeia das relações sociais que ocorrem ao nível da estrutura e organização sociais do meio rural.