A adoção de tecnologia por produtores de alho assistidos pelo Serviço de Extensão Rural da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: Viana, João Aurelio Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20231122-100550/
Resumo: Com o respaldo de uma amostra intencional de produtores de alho assistidos, há 2 ou mais anos, pelo Serviço de Extensão Rural do Estado da Bahia - Brasil, esta pesquisa perseguirá quatro objetivos: um geral e três outros específicos. O geral busca oferecer subsídios para aumentar a eficácia do Serviço de Extensão Rural do Brasil. Os outros são: a) Identificar o comportamento manifesto de adoção e não-adoção de inovações e seus fatores determinantes, segundo o modelo de BURKE e MOLINA FILHO (1978). b) Mensurar o comportamento de adoção ou rejeição de inovações ao longo de um dado período de tempo. c) Classificar os produtores pesquisados, identificando a categoria mais inovadora. O método utilizado foi o de estudo de caso, apoiado em análise tabular. A amostra pesquisada é constituída por produtores de alho assistidos há dois anos ou mais pelo Serviço de Extensão nos municípios de Jacobina e Mirangaba, estado da Bahia, Brasil. O período analisado se estende de 1978 a 1984. A adoção e a não-adoção foram caracterizadas de acordo com BURKE e MOLINA FILHO (1978) enfatizando as três categorias de fatores que impedem o desenvolvimento agrícola segundo GALJART: ignorância, impotência e não-disposição. Os principais resultados são: 72% das inovações foram adotados pelos produtores de alho assistidos; a amostra apresentou somente duas categorias de produtores: pequenos e médios; os pequenos adotaram aproximadamente o mesmo número de inovações que os médios produtores; a adoção do tipo contínua foi a mais frequente; 90% do início da adoção total foram concentrados nos 1º e 2º anos de assistência, decrescendo acentuadamente ano a ano, para as duas categorias de produtores. A pesquisa evidencia duas conclusões mais importantes: 1) as inovações mais frequentemente adotadas possuem relação com eficiência do trabalho, adaptabilidade às condições locais, busca de maior produtividade e facilidade de implementação; 2) o Serviço de Extensão, ao estabelecer o período de assistência a seu publico, deverá levar em conta, entre outras variáveis, o período no qual ocorre o maior número de inovações adotadas e o seu período de adaptação pelos produtores. Deste modo, é factível levar o maior impacto da ação da extensão a um maior número de produtores de alho. Este estudo pela sua própria configuração possui propósito exploratório, devendo, portanto, ser aprofundado por outras pesquisas.