Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vicente, Jéssica Batistela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-07082019-190715/
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Resumo: |
Estudo exploratório, de abordagem mista, que objetivou analisar o perfil materno-infantil e verificar a associação entre tratamento adequado da sífilis na gestação e variáveis maternas e do recém-nascido em Ribeirão Preto, SP; compreender o significado da experiência do diagnóstico, tratamento e acompanhamento ambulatorial da criança com sífilis congênita, atribuído pelas mães, e conhecer a rede social e o apoio social das famílias de crianças com sífilis congênita em acompanhamento ambulatorial em um serviço de referência, a partir da perspectiva materna. Após aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa, operacionalizou-se a coleta em duas etapas, a primeira, quantitativa, a partir de 112 prontuários de crianças notificadas com sífilis congênita, atendidas em dois serviços de referência, entre maio de 2014 e maio de 2016, analisados pelo IBM SPSS Statistics versão 25, utilizando-se testes Qui-Quadrado, exato de Fisher e regressão logística. Na segunda etapa, qualitativa, participaram 30 mães de crianças em acompanhamento ambulatorial para sífilis congênita no Centro de Referência em Especialidades do município. Adotou-se, por referencial teórico, o interacionismo simbólico; para a coleta de dados, elaboraram-se genogramas e ecomapas e realizou-se entrevista semiestruturada, com análise mediante a Análise Temática Indutiva. Verificouse a associação entre tratamento adequado da sífilis na gestação e idade materna (p=0,016), estado civil (p=0,013), idade gestacional (p=0,011), peso ao nascimento (p=0,045) e prolongamento da internação do neonato (p=0,001). Mães com menos de 20 anos 17,14 vezes mais chance de ter realizado tratamento adequado da sífilis do que mães acima de 35 anos. Ter companheiro aumentou em 2,95 vezes a chance de a mãe ter tratado adequadamente, a doença e o não prolongamento da internação da criança ao nascimento aumentou 13,33 vezes esta chance. Da análise da segunda etapa, emergiram cinco temas: \"Sífilis materna: vivenciando o impacto do diagnóstico e os cuidados em saúde para evitar a transmissão vertical\", evidenciando a trajetória da mãe ao se descobrir com sífilis, incluindo pré-natal, pré-natal do parceiro, como se infectou e o preconceito em relação à doença; \"Buscando informações sobre a doença\", discutindo o conhecimento prévio sobre sífilis e como se informou (profissionais de saúde, internet), e a importância atribuída às medidas de prevenção após essa experiência; \"Sentindo e agindo diante da doença\", retratando como a mãe se sentiu e agiu ao descobrir a doença, ao compreender sobre a transmissão vertical e ao acompanhar os cuidados de saúde da criança; \"Sífilis Congênita: trajetória de cuidados com a saúde da criança\", que detalha a trajetória dos cuidados com a saúde da criança desde o nascimento até o acompanhamento ambulatorial; e \"Configuração familiar e rede e apoio social\", com destaque para relações interpessoais, familiares, com sistemas de saúde e setores que ofertam suporte e apoio. As contribuições do estudo envolvem o incremento da prevenção, com fortalecimento de programas efetivos para acompanhamento da gestante e tratamento oportuno da sífilis, que considerem os aspectos intersubjetivos dessa experiência, a promoção de ações para minimizar a ocorrência na criança por meio de cuidado qualificado e focado na família e análise detalhada dos eventos sentinela |