Poluentes orgânicos persistentes e ingestão de plásticos em albatrozes e petréis (Procellariiformes)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Colabuono, Fernanda Imperatrice
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21133/tde-18042012-162016/
Resumo: Os albatrozes e petréis (Procellariiformes) são aves oceânicas e migratórias de grande interesse conservacionista. Neste trabalho foram estudadas duas classes de poluentes bastante conhecidos por afetarem negativamente as aves marinhas: os poluentes orgânicos persistentes e os plásticos. Bifenilos policlorados (PCBs) e pesticidas organoclorados foram detectados no tecido adiposo, fígado e músculo de oito espécies de Procellariiformes. Apesar da grande variabilidade intraespecífica nas concentrações, os perfis de PCBs e pesticidas organoclorados foram semelhantes entre os indíviduos, com predôminância de PCBs penta, hexa e heptaclorados e do p´p-DDE. A condição corporal se mostrou um fator importante na variação e redistribuição dos organoclorados nos tecidos das aves. As análises de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio no fígado e músculo das aves mostraram que a dieta não foi suficiente para explicar as concentrações de organoclorados nas espécies estudadas e reforçaram a influência de fatores como idade, distribuição e especifidade da dieta na contaminação por estes compostos em aves marinhas. PCBs e pesticidas organoclorados foram detectados em pellets e fragmentos plásticos encontrados no trato digestório das aves estudadas, com perfis semelhantes aos encontrados nos tecidos dos Procellariiformes. A ocorrência de poluentes orgânicos em plásticos evidencia a capacidade destes de adsorver e transportar estes compostos e reforça o potencial dos plásticos como uma fonte adicional de contaminação para os animais que os ingerem, como as aves marinhas.