Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Hirotsu, Carolina Mayumi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-30042013-012246/
|
Resumo: |
Uma das abelhas solitárias sugeridas para programas de polinização controlada foi Centris analis, pela constância e abundância no Brasil. Estudos mostraram a importância de C. analis na polinização de algumas culturas agrícolas, e vários trabalhos trazem informações a respeito da sua biologia. No entanto, ainda faltam informações a respeito de fatores capazes de aumentar ou diminuir a população de C. analis. Assim ninhos-armadilha confeccionados com cartolina foram oferecidos no campus da Universidade de São Paulo Ribeirão Preto, com dimensões de 0,6cm de diâmetro e em quatro comprimentos diferentes (6, 7, 8 e 9cm), de outubro de 2010 a setembro de 2012. Resultando em 500 ninhos de onde emergiram 369 fêmeas e 562 machos de C. analis, a mortalidade ocorreu em decorrência dos parasitas Leucospis sp. (100), Coelioxys sp. (55), Anthrax sp (3), por causa de fungos (107) e por causas desconhecidas (100). Ninhos-armadilha de 6 e 7cm apresentaram até quatro células, já os ninhos de 8 e 9cm apresentaram até seis células, sendo os ninhos de 8cm os mais utilizados. A razão sexual apresentou-se desviada para machos e os resultados indicam que o comprimento dos ninhos-armadilha não foi capaz de influenciar a razão sexual dessa abelha. Fêmeas de C. analis que nidificaram entre outubro de 2010 a abril de 2012 foram monitoradas (n=28) quanto ao seu comportamento na área; a atividade delas variou de 6 a 24 dias. Cinco fêmeas apresentaram comportamento considerado diferente do padrão e foram coletadas para dissecção, apresentando uma larva parasitoide em seu abdômen. Três delas fizeram depósitos adicionais de óleo em ninhos terminados dias antes, e normalmente não recebem mais materiais; as outras duas fêmeas foram coletadas após fazerem um falso fechamento, quando fecham a entrada do ninho-armadilha sem construir células de cria nele. As cinco fêmeas construíram ninhos convencionais nos primeiros dias de monitoramento, mas cessaram a construção de ninhos com células de cria e passaram a realizar os comportamentos atípicos. Esses comportamentos sugerem que as fêmeas tornam-se estéreis conforme a larva parasitoide cresce, primeiramente pela perda do espaço para transportar néctar para o ninho, e depois pela perda dos órgãos internos. Antes de morrer várias C. analis, machos e fêmeas, ocultaram-se dentro dos ninhos-armadilha, possivelmente por influência do parasitoide. C. analis encontradas mortas tem sido recolhidas de janeiro de 2008 a setembro de 2012, totalizando 186 abelhas mortas, de onde emergiram 113 conopideos adultos, pertencentes a oito espécies. A maioria foi encontrada nos três primeiros meses do ano, período de maior atividade dos hospedeiros. Assim, conclui-se que somente o comprimento dos ninhos-armadilhas utilizados não é capaz de influenciar a razão sexual da prole; as mortes nos ninhos ocorre principalmente pelos ataques de Leucospis sp., por fungos ou por causas desconhecidas, e um importante inimigo natural dos adultos são os conopideos. |