Ecologia e comportamento de nidificação de abelhas solitárias (Hymenoptera, Apoidea) em áreas de caatinga e floresta estacional semi-decídua (Bahia, Brasil), com ênfase em espécies do gênero Centris Fabricius, 1804 (Apidae, Centridini)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Aguiar, Cândida Maria Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-07052024-115319/
Resumo: Este estudo investigou a riqueza de espécies e a abundância sazonal de abelhas que nidificam em cavidades em áreas de Floresta estacional semi-decídua (Baixa Grande; 12º 00\' S; 40º 17\' W) e Caatinga (lpirá; 12º 13\' S; 39º 49\' W) na Bahia. A amostragem foi realizada com dois tipos de ninhos-armadilha (=N.A.): gomos de bambu e tubos de cartolina preta [58 x 6 mm (=pequenos) ou 105 x 8 mm (=grandes)). Os tubos foram inseridos em cavidades horizontais perfuradas em placas de madeira. Os N.A. foram colocados em 2 pontos em Baixa Grande e 2 em lpirá. Eles foram inspecionados uma vez por mês, de novembro de 1998 a fevereiro de 2001 em Baixa Grande, e de setembro a fevereiro de 2001 em lpirá. Foram coletados 146 ninhos de 11 espécies de abelhas em Baixa Grande e 121 ninhos de 7 espécies em lpirá. Além disso, 5 espécies de abelhas cleptoparasitas foram criadas a partir destes ninhos. Apenas quatro espécies ocorreram em ambas as áreas. Centris tarsata, Tetrapedia diversipes e Xylocopa frontalis foram as espécies mais abundantes em Baixa Grande, enquanto C. tarsata, Euglossa cordata e Megachile lissotate foram as mais abundantes em lpirá. Espécies de Dicranthidium (D. luciae e D. arenarium) foram registradas pela primeira vez nidificando em N.A. As freqüências de nidificação mais altas ocorreram na estação úmida em ambas as áreas. Os inimigos naturais criados a partir dos ninhos incluíram Mesocheira bicolor (Apidae), Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp1 and sp2 (Megachilidae), que atacaram ninhos de C. tarsata, Coelioxoides waltheriae (Apidae), que atacou ninhos de T. diversipes, e Coelioxys sp., que parasitou ninhos de E. tigrinum. Parasitismo de ninhos foi importante apenas para C. tarsata, e foi mais alto na caatinga do que na área de floresta. A mortalidade de adultos pré-emergentes foi alta, especialmente em C. tarsata, T. diversipes e E. cordata. Informações sobre o número de células por ninho, tamanho, forma e arranjo das células nos ninhos, assim como o número de adultos produzidos e o número de gerações por ano foram também apresentadas. A riqueza de espécies, os padrões temporais de nidificação e o percentual de parasitismo foram comparados com outros habitats.